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Governo tenta evitar derrubada de vetos e busca adiar votações

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se encontra com trabalhadores e sindicalistas no auditório do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, no bairro da Liberdade, região central da capital paulista, durante a manhã desta sexta feira (21)
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi procurado pelo governo para adiar votações(AFP)
Evitar a derrubada dos vetos da presidente Dilma Rousseff a medidas aprovadas pelo Congresso que ampliam os gastos do governo se tornou a prioridade número um do Palácio do Planalto nesta semana. O tema tomou a maior parte da reunião da coordenação política do governo nesta segunda-feira. A avaliação é de que as votações servirão para antever as dificuldades que a presidente enfrentará no Legislativo nos próximos meses. Diante do alto risco de os parlamentares derrubarem as decisões de Dilma, o governo decidiu trabalhar pelo adiamento das votações, previstas para esta terça-feira.
Entre os vetos que devem ser analisados pelo Congresso estão o ao reajuste de até 78,56% para os servidores do Judiciário e à extensão do reajuste do salário mínimo a todos os aposentados. O governo divulgou um estudo que aponta que, se os vetos forem derrubados, o custo para os cofres públicos de 2015 a 2019 pode chegar a 127,8 bilhões de reais - praticamente o dobro do esforço fiscal proposto para o próximo ano.
De acordo com uma fonte do Palácio do Planalto, se os vetos forem derrubados, "o quadro ficaria muito difícil" e seria um "desastre anunciado". "Vamos qualificar o Congresso. Porque aí dá para ter uma dimensão das dificuldades do governo na Câmara e no Senado", disse a fonte ouvida pela agência de notícias Reuters.
Diante deste cenário, o governo conta votos para tentar conter a derrubada dos vetos. Com a base governista completamente desagregada, os líderes calculam que o Planalto tenha apenas cerca de 200 votos na Câmara para aprovar as medidas do pacote fiscal.
Entretanto, segundo a fonte, a expectativa é que seja possível obter os 257 votos necessários na Câmara e os 41 no Senado, já que os parlamentares querem evitar a responsabilidade de aprovarem as chamadas pautas-bomba, que dificultariam ainda mais a situação econômica do país.
Pedido - Na manhã desta segunda-feira, antes da reunião de coordenação política, a presidente reuniu-se a sós com o vice-presidente Michel Temer para tratar essencialmente da reforma administrativa, mas também para pedir ajuda com a base na manutenção dos vetos.
Temer almoçou depois com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com quem conversou sobre os dois temas. Ao sair do encontro, Cunha, em entrevista, afirmou que é contrário à derrubada do veto ao reajuste do Judiciário.
"Eu acho que, concretamente, não deve se derrubar. Seria uma atitude de colocar mais gasolina na fogueira. É acender fósforo no tanque de gasolina. Não sou partidário disso", afirmou. Cunha também defendeu ainda o adiamento da sessão do Congresso, mas ainda não há uma decisão.

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