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Déficit financeiro da Argentina sobe 291%

Em junho, o rombo da conta financeira do país chegou a US$ 2 bilhões, quase quatro vezes mais do que no mesmo mês de 2013

Folha de pagamento estatal aumentou 27% desde a posse de Cristina
Folha de pagamento estatal aumentou 27% desde a posse de Cristina
A Argentina não apenas enfrenta dificuldades para negociar com os credores que não aceitam renegociar suas dívidas, como também registra um rombo nas contas públicas alarmante. Segundo dados do Ministério da Economia do país, o déficit financeiro (receitas menos despesas na conta financeira) chegou a 2 bilhões de dólares em junho, 291% maior do que o vista no mesmo mês de 2013. Nos seis primeiros meses do ano, o país registra um déficit financeiro de 4,45 bilhões de dólares.
Os gastos públicos aumentaram 56,5% na comparação anual, com o governo de Cristina Kirchner subsidiando empresas privadas na área de energia, transporte público, aéreo (caso da companhia Aerolíneas Argentinas), entre outros. Tudo para evitar repasses astronômicos de preços aos consumidores, dentro de sua política de contenção de inflação. A folha de pagamento estatal também prejudicou, ao aumentar 27% desde a posse de Cristina
A conta só não está pior porque o banco central do país e o sistema previdenciário geraram uma receita de 2,99 bilhões de dólares aos cofres públicos. No primeiro semestre, a conta total das receitas menos despesas do setor público (incluindo a conta financeira) tem um superávit de 2,2 bilhões, inferior ao visto no mesmo período de 2013 (566 milhões de dólares). Economistas estimam que, desconsiderando o dinheiro que entrou via BC e Previdência, a conta fiscal estaria negativa em 10,72 bilhões de dólares no primeiro semestre do ano. A expectativa de analistas é que o governo de Cristina Kirchner feche 2014 com um déficit fiscal de 28,91 bilhões de dólares.

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