Egito e Emirados Árabes atacaram secretamente a Líbia
Dois dos principais aliados americanos na região realizaram ataques contra milícias islâmicas que tomaram o aeroporto da capital Trípoli, segundo 'NYT'
Forças governistas da Líbia entram em conflito com milícias islâmicas em Trípoli (Reuters)
Os Estados Unidos foram surpreendidos pela informação, uma vez que os dois aliados agiram sem consultar Washington. Para o governo americano, os ataques podem piorar a já difícil situação na Líbia, no momento em que potências ocidentais e as Nações Unidas buscam uma solução para o conflito. A avaliação dos EUA é que as operações foram contraprodutivas, uma vez que, na noite seguinte ao segundo ataque, milícias islâmicas tomaram o aeroporto de Trípoli.
Leia também: EUA capturam suspeito de ataque de 2012 contra consulado em Bengasi
Aliança – Depois do golpe militar que depôs o presidente Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, o Egito, a Arábia Saudita e aos Emirados Árabes formaram um bloco para combater a influência de fundamentalistas islâmicos na região. Os EUA acreditam que o Egito providenciou a base para o lançamento dos ataques, enquanto os Emirados Árabes, que têm uma das forças aéreas mais efetivas da região, graças ao auxílio e treinamento recebidos dos Estados Unidos, encarregaram-se das aeronaves, pilotos e abastecimento necessário para a operação. Publicamente, o governo egípcio negou participação nos bombardeios; os Emirados Árabes não deram declarações.
Outros ataques – Segundo o New York Times, esta não foi a primeira vez em que Egito e Emirados Árabes se uniram para realizar operações militares. Recentemente, forças especiais destruíram um campo islâmico, localizado ao leste da Líbia, sem serem detectadas pelo Ocidente. Funcionários americanos disseram que o sucesso da missão pode ter levado ambos os governos a acreditarem que ataques aéreos também passariam despercebidos pela inteligência americana
Comentários
Postar um comentário