Operação em Gaza foi 'vitória' de Israel, afirma Netanyahu
Em resposta a críticos, premiê diz que Hamas "sofreu duros golpes e não obteve nenhuma das demandas" que exigiu durante o conflito armado
Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel (Reuters)
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Ontem, Israel e grupos palestinos chegaram a um acordo para um cessar-fogo por tempo indeterminado. As autoridades israelenses concordaram em reduzir um pouco as restrições à circulação em Gaza, para permitir o envio de ajuda humanitária e material de construção para a região. Isso também estava previsto no acordo que pôs fim ao confronto entre Israel e o Hamas em novembro de 2012, mas nunca foi totalmente implantado. Acordos mais duradouros, como o total desarmamento de Gaza, objetivo do governo israelense, serão discutidos posteriormente.
Pouco depois do anúncio da trégua, o Hamas também falou em "vitória" no conflito e várias pessoas foram às ruas celebrar. Com o cessar-fogo em vigor, milhares de palestinos começaram a voltar para suas casas na Faixa de Gaza e tentam retomar a rotina. Segundo as Nações Unidas, mais de 17.000 edifícios foram atingidos durante a operação militar, e ao menos 475.000 pessoas foram deslocadas. O Programa Alimentar Mundial da ONU informou que um de seus comboios entrou na região para distribuir suprimentos à população. Segundo a rede britânica BBC, os alimentos entregues são suficientes para atender a 150.000 pessoas pelos próximos cinco dias. (Continue lendo o texto)
Para o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a trégua foi importante para ambas as partes, mas deve vir acompanhada de medidas que impeçam novos conflitos no futuro. "Depois de 50 dias de profundo sofrimento humano e uma devastadora destruição física, qualquer violação ao cessa-fogo seria profundamente irresponsável", afirmou.
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Síria – Nesta quarta, Israel fechou a área ao redor de Quneitra, nas Colinas de Golã, território anexado da Síria em 1967. A passagem foi tomada hoje por rebeldes que lutam contra o regime de Bashar Assad, incluindo integrantes da Frente Nusra, ligada à Al Qaeda. Os grupos anunciaram o início da "batalha da libertação" de Quneitra. Posteriormente vários grupos insurgentes, como a Frente dos Revolucionários da Síria (não islamita), anunciaram a "libertação" da área. Durante os combates, um soldado israelense foi ferido por tiros. Em represália, o exército israelense bombardeou duas posições do exército sírio na colina de Golã, segundo comunicado.
(Com Estadão Conteúdo)
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