NYT: Obama autoriza voos de reconhecimento sobre a Síria
Medida anteciparia ataques aéreos contra os jihadistas do EI. Segundo o jornal americano, EUA não pedirão permissão de Assad para sobrevoar território sírio
Barack Obama, presidente dos Estados Unidos (Larry Downing/Reuters)
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Os voos de reconhecimento podem acontecer "a qualquer momento" e serão realizados com uma combinação de diferentes aeronaves, entre elas drones e outros aviões especiais de espionagem, explicaram fontes do Departamento de Defesa ao NYT.
Assad – Fontes do governo acrescentaram que Obama, que já pediu a renúncia de Assad diversas vezes, não pretende informar o ditador sírio sobre os voos de reconhecimento. Na segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Muallem, afirmou que o país árabe está disposto a cooperar com os EUA em ações contra o EI. Muallem, no entanto, ressaltou que qualquer ataque americano não autorizado dentro das fronteiras sírias seria interpretado como um "ato de agressão".
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Os voos de reconhecimento, porém, não representam a primeira entrada dos EUA no espaço aéreo sírio sem pedir permissão, já que em julho um grupo especial de forças americanas realizou uma operação de resgate frustrada para libertar reféns do EI, incluído o jornalista James Foley, executado pelos jihadistas na semana passada.
Pentágono – A autorização aos voos ainda não foi confirmada oficialmente pelo governo americano, mas em entrevista coletiva antes da divulgação da medida na imprensa, o Pentágono explicou que preparava ações adicionais para combater o EI no Iraque e na Síria. Segundo o coronel Ed Thomas, a realização de ataques aéreos na Síria é uma das opções militares estudadas.
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Na semana passada, o chefe do Estado-Maior dos EUA, o general Martin Dempsey, advertiu que a derrota dos jihadistas requer uma estratégia de longo prazo. Dempsey declarou que seria impossível eliminar o EI sem atacar suas posições na Síria.
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