Rússia desloca artilharia para a Ucrânia, afirma Otan
Equipamentos operados por russos são usados para atacar forças ucranianas
Rebeldes ucranianos são fotografados em frente a uma peça de artilharia usada em Donetsk (Maxim Shemetov/Reuters)
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A constatação é mais um fator na escalada das tensões na região, no momento em que um comboio russo alegadamente levando ajuda militar para o vizinho cruzou a fronteira sem a permissão de Kiev. “Condeno a entrada do que a Rússia chama de comboios humanitários no território ucraniano sem o consentimento das autoridades ucranianas e sem o envolvimento da Cruz Vermelha”, disse o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, por meio de um comunicado. “Esses episódios são ainda mais preocupantes por coincidirem com a escalada do envolvimento militar russo no leste ucraniano desde a metade de agosto”.
"Também vimos a transferência de grandes quantidades de armamentos avançados, incluindo tanques, veículos de transporte blindados e peças de artilharia para os separatistas. Além disso, a Otan tem observado um aumento alarmante de forças terrestres e aéreas da Rússia na região fronteiriça", segue o texto. A Otan já havia alertado para a ameaça de a Rússia usar o pretexto de ajudar a população das regiões de Lugansk e Donetsk para invadir a Ucrânia militarmente.
Em julho, um míssil russo atingiu um avião de passageiros da companhia Malaysia Airlines, provocando a morte das 298 pessoas que estavam a bordo. Treinados por monitores enviados por Moscou, os separatistas utilizavam um sofisticado armamento antiaéreo para derrubar caças e outros aviões militares da Ucrânia. A explicação para o ataque fatal ao avião da Malaysia Airlines pode ser um engano dos rebeldes.
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Violação à lei - Em comunicado, o presidente ucraniano Petro Poroshenko afirmou que a Rússia cometeu "uma flagrante violação à lei internacional" ao invadir o país com os comboios. Ele afirmou que "uma coluna de mais de 100 veículos entrou no território ucraniano sem ser submetida ao controle de fronteira, sem passar por inspeção e sem contar com a escolta da Cruz Vermelha". O Kremlin, por sua vez, disse o presidente russo Vladimir Putin conversou com a chanceler alemã Angela Merkel sobre o caso. Por telefone, Putin disse que atrasar a entrega dos suprimentos era "inaceitável" e defendeu a iniciativa de Moscou de agir frente a uma "clara procrastinação da Ucrânia."
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