Pular para o conteúdo principal

Missouri convoca Guarda Nacional para conter protestos

Governador do estado americano pediu ajuda para 'restaurar a ordem' em Ferguson, onde manifestantes seguem revoltados com a morte de jovem negro

Policiais reprimem protestos em Ferguson (EUA)
Policiais reprimem protestos em Ferguson (EUA) (Reuters}
O governo do estado americano do Missouri convocou a Guarda Nacional para ajudar a conter os protestos na cidade de Ferguson pela morte de um adolescente negro desarmado, baleado por um policial há duas semanas. O governador Jay Nixon afirmou que a decisão de chamar a Guarda Nacional foi tomada para “restaurar a paz e a ordem na comunidade”.

Na noite de domingo, novos protestos violentos resultaram em cenas de caos e destruição na cidade de 21 mil habitantes no meio-oeste americano. Os manifestantes desrespeitaram o toque de recolher declarado pelo governo e depredaram lojas e restaurantes na principal rua de Ferguson. A polícia entrou em ação e usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão.

As tensões raciais aumentaram ainda mais depois que a autópsia do jovem Michael Brown indicou que o adolescente levou seis tiros, dois deles na cabeça. Os protestos pela morte de Brown começaram no domingo passado, quando foram registrados saques, incêndios e confrontos com a polícia que se repetiram toda a semana, com a detenção de dezenas de pessoas.

Brown começaria a frequentar aulas numa universidade ainda nesta semana. As autoridades locais afirmaram que o adolescente foi alvejado porque tentou pegar a arma do policial, mas há relatos de que ele estava com as mãos para o alto quando foi baleado.

Repercussão — Na quinta-feira, o presidente Barack Obama se manifestou sobre o caso, afirmando que "não existem desculpas para a polícia usar força excessiva" contra manifestantes e para prender jornalistas. Na quarta-feira à noite, dois repórteres haviam sido presos pela polícia local, o que ajudou ainda mais a acirrar os ânimos na cidade.

A polícia de Ferguson divulgou o nome do policial que atirou em Brown. Segundo o chefe de polícia, Thomas Jackson, o nome do agente é Darren Wilson, que trabalha na força policial há seis anos. Por cinco dias as autoridades locais se recusaram a divulgar o nome, alegando preocupações com segurança após a onda de protestos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.