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EUA falharam em tentativa de libertar jornalista americano

Operação militar para resgatar reféns do Estado Islâmico fracassou. Jihadistas fizeram ameaças a familiares de jornalista que foi decapitado

Em foto de setembro de 2011, o jornalista James Foley aparece em uma estrada na Líbia
Em foto de setembro de 2011, o jornalista James Foley aparece em uma estrada na Líbia (AFP)
Uma operação militar secreta americana falhou na tentativa de libertar o jornalista James Foley e outros cidadãos americanos sequestrados na Síria por terroristas do Estado Islâmico. A missão ocorreu no início de julho e foi autorizada pelo presidente Barack Obama, informou o jornal The New York Times. Um vídeo divulgado pelos jihadistas na terça-feira mostra Foley sendo decapitado.
Fontes do governo americano informaram ao jornal que a operação fracassada envolveu várias equipes e conseguiu matar alguns terroristas. Não se sabe o número exato de reféns que os militares americanos buscavam. O Pentágono divulgou nesta quarta um comunicado sobre a operação, sem mencionar se Foley era um dos alvos de resgate. “Infelizmente, a missão não foi bem-sucedida porque os reféns não estavam no local”, afirma o texto.
“Os Estados Unidos usaram toda a capacidade militar, de inteligência e diplomáticas para trazer as pessoas para casa, sempre que possível. Os Estados Unidos não vão tolerar o sequestro de nosso povo, e vai trabalhar incansavelmente para assegurar a segurança de nossos cidadãos e para responsabilizar os sequestradores”, segue o comunicado.
A gravação divulgada pelo Estado Islâmico mostrou ainda outro jornalista americano, Steven Sotloff, sequestrado em julho do ano passado, e que também está com a vida ameaçada. Os terroristas afirmam que o destino dele depende das “próximas decisões” do presidente Barack Obama.
Os Estados Unidos iniciaram ataques aéreos contra o jihadistas no último dia 8, e, nesta quarta, ao condenar o assassinato brutal de Foley, Obama afirmou que o EI é um “câncer que deve ser extirpado”.
Os terroristas entraram em contato com a família do jornalista há uma semana ameaçando matá-lo. O e-mail, com uma mensagem furiosa, dizia que Foley seria assassinado se os EUA continuassem a bombardear alvos do EI no Iraque. Os familiares alertaram imediatamente a Casa Branca sobre as ameaças, informou Philip Balboni, cofundador do GlobalPost, publicação online para a qual Foley trabalhava.
“Nós imploramos por misericórdia, explicamos que Jim era um jornalista inocente, que não fez nada para prejudicar o povo sírio. Infelizmente, eles não mostraram nenhuma compaixão”, disse Balboni ao canal WCVB, de Boston.
Uma fonte do governo americano confirmou para a rede ABC News que a Casa Branca sabia da ameaça antes da divulgação do vídeo.

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