Pular para o conteúdo principal

Metalúrgicos da GM aprovam afastamento temporário de 930 funcionários

Montadora deve iniciar o chamado lay-off de cinco meses em 8 de setembro de 2015; no retorno, funcionários terão seis meses de garantia de emprego

Linha de montagem na fábrica da General Motors em Glórinha, no Rio Grande do Sul
Linha de montagem da General Motors: investimentos do grupo não incluem planta de São José
Os metalúrgicos do complexo industrial da General Motors (GM) de São José dos Campos (SP) aprovaram nesta terça-feira a proposta de suspensão do contrato de trabalho de 930 funcionários por cinco meses. Com isso, a montadora deve realizar o afastamento, também chamado de lay-off, no período de 8 de setembro a 7 de fevereiro de 2015. Segundo o acordo aprovado em assembleias, após o fim do lay-off, os funcionários retornarão ao trabalho e terão seis meses de garantia de emprego.
Com as negociações, houve redução de 968 para 930 no número de contratos suspensos e a ampliação de cinco para seis meses na estabilidade. A montadora possui 5.350 funcionários na unidade de São José dos Campos, onde produz os modelos Trailblazer e S10, além de motores, transmissões e kits de veículos desmontados para exportação.
Leia também:
Durante luto por Campos, Dilma promove dia de encontro com empresários
GM deve suspender contrato de 1.000 funcionários em São José dos Campos

Durante o período de suspensão do contrato, parte dos salários será paga pelo governo federal, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Os trabalhadores em lay-off também terão direito a receber a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e reajustes salariais aprovados posteriormente ao afastamento.
Nas assembleias, os trabalhadores da GM decidiram cobrar da montadora o cumprimento do acordo, assinado em janeiro de 2013, pelo qual a companhia se comprometeu a dar prioridade à fábrica de São José dos Campos nos investimentos no Brasil. No último dia 14, a CEO da GM, Mary Barra, afirmou que a montadora investirá 6,5 bilhões de reais no país, mas o presidente para a América do Sul, Jaime Ardilla, afirmou que São José dos Campos estava excluída dos planos.
Os metalúrgicos realizaram ainda uma assembleia geral em que foi aprovado o início das mobilizações da categoria pela campanha salarial de 2014. Os trabalhadores reivindicam reajuste de 12,98%, jornada de 36 horas semanais, piso de 2,9 mil reais e estabilidade no emprego. A campanha é unificada entre os sindicatos dos metalúrgicos de São José dos Campos, Campinas, Limeira e Santos, que juntos reúnem cerca de 157 mil trabalhadores, com data-base em 1º de setembro.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.