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Putin e Poroshenko conversam sobre crise, mas ficam longe de acordo

Presidente da Ucrânia diz que um plano para um cessar-fogo deve ser preparado para o leste do país

Putin e Poroshenko se cumprimentam antes do encontro
Putin e Poroshenko se cumprimentam antes do encontro (AFP)
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, reuniram-se pela primeira vez nesta terça-feira desde um breve encontro em junho, para tratar do conflito no leste ucraniano. Os dois afirmaram ser necessário reduzir as tensões na região. Esse foi o único ponto em que houve concordância. Putin urgiu Poroshenko a não ampliar sua ofensiva contra os separatistas pró-Moscou e ameaçou descartar acordos comerciais preferenciais com o governo ucraniano se Poroshenko seguir adiante com os planos de reforçar as relações com a União Europeia. O presidente ucraniano respondeu exigindo o fim do envio de armamentos da Rússia para os rebeldes.
Um aperto de mãos marcou o início das conversas em Minsk, na Bielorrússia, que incluíram a chefe de Política Externa da UE, Catherine Ashton, e os líderes do Cazaquistão e do país anfitrião. “Hoje em Minsk, sem dúvida, o destino do mundo e da Europa está sendo decidido”, disse Poroshenko. Horas antes do início do encontro, a Ucrânia havia anunciado a prisão de soldados russos que atravessaram a fronteira.
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Depois da reunião, o presidente ucraniano prometeu trabalhar em um plano urgente de cessar-fogo para o leste do país. "Um plano será preparado a fim de alcançar o mais rapidamente possível um regime de cessar-fogo que precisa ser absolutamente de caráter bilateral", disse. O presidente classificou o encontro de "extremamente difícil".
Apesar do tom confiante, é difícil saber como os rebeldes responderão ao plano, principalmente porque Putin deixou claro que não vai discutir os detalhes de um possível acordo, por considerar que essa é uma questão “interna”.
“Nós, a Rússia, não podemos discutir de forma substancial as condições para um cessar-fogo, para acordos entre Kiev, Donetsk e Lugansk. Isso não é problema nosso”, disse a jornalistas, insistindo em se distanciar de um problema no qual não só está envolvido como para o qual contribui, ao apoiar os separatistas. Mas, no discurso, Putin prefere dizer que “pode apenas contribuir para criar um ambiente de confiança para um possível e extremamente necessário processo de negociação”.
(Com agências Reuters e Estadão Conteúdo)

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