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São Paulo e Rio chegam a acordo sobre disputa de água

Governo paulista aceitou aumentar a vazão do rio Jaguari. Medidas pretendem assegurar até novembro o abastecimento da região da bacia do Paraíba do Sul

Funcionário caminha pela área da represa Jaguari, que faz parte do Sistema Cantareira, em Bragança Paulista, no interior de São Paulo, que está 8 metros abaixo do seu nível de vazão devido à falta de chuvas
Funcionário caminha pela área da represa Jaguari, que faz parte do Sistema Cantareira, em Bragança Paulista, no interior de São Paulo, que está 8 metros abaixo do seu nível de vazão devido à falta de chuvas
Os governos federal, de São Paulo e do Rio de Janeiro chegaram a um acordo nesta segunda-feira, em Brasília, sobre a disputa pelo uso da água do rio Paraíba do Sul. O sistema de captação da bacia do Paraíba do Sul atende a 37 municípios, sendo 26 no Rio de Janeiro e 11 em São Paulo, e a uma população de 11,2 milhões de pessoas. Para encerrar o impasse, os dois lados fizeram concessões: São Paulo aceitou aumentar a vazão do rio Jaguari e o Rio concordou receber um volume menor na barragem de Santa Cecília.

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Segundo o pacto mediado pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, São Paulo aumentará a partir desta quarta-feira a vazão do reservatório de Jaguari para 43 metros cúbicos por segundo (m³/s). A vazão tinha sido reduzida de 30 m³/s para 10 m³/s por decisão unilateral da Companhia Energética de São Paulo (Cesp). O corte, que visava economizar água para o consuma das pessoas, provocou críticas do governo do Rio, do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Em compensação, a represa Paraibuna reduzirá sua vazão de 80 m³/s para 47 m³/s.

O Rio de Janeiro, por sua vez, vai reduzir a captação na barragem de Santa Cecília, que abastece todo o Estado, de 165 m³/s para 160 m³/s. A mudança ocorrerá a partir de 10 de setembro.

Abastecimento – De acordo com a ministra do Meio Ambiente, as novas medidas devem assegurar o abastecimento de água para as populações atendidas pela bacia do Paraíba do Sul. “Se não tiver essa gestão, os reservatórios esvaziam rapidamente e podem secar antes das chuvas”, afirmou Izabella Teixeira. Segundo ela, as mudanças não vão afetar a geração de energia elétrica.

O novo acordo vai vigorar até novembro. Em meados de setembro haverá uma nova reunião para avaliar a efetividade das mudanças e, caso necessário, serão feitas alterações no pacto

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