EUA atacam jihadistas após decapitação de jornalista
Caças e drones fizeram ao menos catorze ataques contra veículos e blindados de jihadistas próximos à cidade de Mosul. Terroristas sobreviventes fugiram
Caças da Marina dos EUA e drones (aviões não-tripulados) deram cobertura aérea às forças curdas e iraquianas que combatem terroristas do EI perto da cidade de Mosul. Os aviões americanos realizaram pelo menos catorze ataques nesta última ofensiva. Após os bombardeios aéreos, os jihadistas que sobreviveram fugiram para colinas na região, informaram fontes militares curdas. Em comunicado, a Marinha dos EUA confirmou que eliminou veículos, blindados e outros alvos dos terroristas do EI.
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Os EUA vêm realizando ataques contra o EI – que tomou grandes partes da Síria e do Iraque – desde 8 de agosto. Na terça-feira o grupo jihadista divulgou um vídeo mostrando a decapitação do jornalista James Foley, que desapareceu em 2012. Nele, os militantes ameaçaram matar outro repórter americano – Steven Sotloff – que eles estão mantendo como refém. Sotloff já colaborou com as revistas Time, Foreign Policy e Christian Science Monitor.
No vídeo, um terrorista vestido de preto afirma que a morte de Foley é uma vingança pelos ataques aéreos. Nesta quarta, o presidente dos EUA Barack Obama considerou o assassinato como "um ato de violência que choca a consciência de todo o mundo". Também na quarta, o Pentágono informou que os EUA haviam "tentado uma operação de resgate recentemente para libertar uma série de reféns americanos detidos na Síria". A operação “envolveu componentes aéreos e terrestres", mas falhou. "Infelizmente, a missão não foi bem sucedida porque os reféns não estavam presentes no local de destino", lamenta o texto do comando das Forças Armadas americanas.
Foi a primeira vez que o governo dos EUA reconheceu que suas forças haviam operado na Síria desde que a guerra civil do país começou em 2011. O jornal New York Times citou autoridades americanas não identificadas dizendo que a tentativa de resgate ocorreu em uma refinaria de petróleo no norte da Síria.
Terrorista britânico – O homem que aparece com o rosto coberto no vídeo da decapitação de Foley nasceu em Londres e é conhecido como John, segundo informações divulgadas nesta quarta pela imprensa britânica. Ele atua com outros dois britânicos que fazem parte do grupo terrorista EI e são encarregados dos reféns estrangeiros, informou o jornal The Guardian. O trio foi apelidado por outros jihadistas de ‘Os Beatles’, devido a sua nacionalidade.
O primeiro-ministro David Cameron interrompeu suas férias depois da divulgação do vídeo e disse estar “profundamente chocado” com a brutalidade dos terroristas. “Isso é profundamente chocante. Mas sabemos que britânicos demais viajaram para o Iraque e para a Síria para participar do extremismo e da violência. O que devemos fazer é redobrar nossos esforços para parar essas pessoas”, ressaltou o premiê. O governo britânico retirou os passaportes de 23 moradores da Grã-Bretanha por temer que eles estivessem prestes a viajar para o Oriente Médio para se apresentar ao Estado Islâmico.
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