Pular para o conteúdo principal

Grã-Bretanha resiste em realizar ataques contra o EI

Nos bastidores, os EUA pressionam os britânicos por apoio à campanha militar contra o jihadistas. Cameron teme desgaste político próximo das eleições

O governo britânico não tem intenção de se unir aos Estados Unidos nos ataques aéreos contra militantes do Estado Islâmico (EI) no norte da Síria, publicou nesta quinta-feira o jornal londrino The Times. De acordo o periódico, o presidente dos EUA, Barack Obama, quer definir se aliados como a Grã-Bretanha e Austrália aceitarão bombardear a área da Síria onde se refugiam os jihadistas após retornarem de ataques ao vizinho Iraque.
Downing Street – residência e escritório oficial do primeiro-ministro britânico – comunicou que até agora não foi feito nenhum pedido formal para que a Força Aérea Britânica se una aos EUA nos ataques contra os extremistas sunitas. O governo britânico está reticente em aumentar seu envolvimento na campanha militar. Os britânicos já estão apoiando Obama com aviões de guerra que realizam operações de vigilância e monitoramento.
Leia também
ONU acusa jihadistas de matarem civis em público na Síria

NYT: Obama autoriza voos de reconhecimento sobre a Síria
Síria diz que não vai tolerar ataques dos EUA em seu território

O comunicado britânico apontou também que este não é um assunto que esteja sendo analisando atualmente apesar de alguns veículos assinalarem que o presidente americano confia em aproveitar a cúpula da Otan, que acontece semana que vem no País de Gales, para que alguns aliados ocidentais como a Grã-Bretanha e a Austrália se unam a sua campanha aérea.
O porta-voz do governo afirmou que a Grã-Bretanha continua centrada em “apoiar o governo do Iraque e as forças curdas para que possam contra-atacar a ameaça que o EI representa, por exemplo, com a visita de nosso enviado de Segurança ao Iraque esta semana e com o fornecimento de provisões às forças curdas”. Segundo o Times, Obama pediu ao Pentágono que sonde os aliados para saber suas posições a respeito de uma campanha militar conjunta no Iraque e na Síria.
“David Cameron, simplesmente não vai querer se envolver tão perto das eleições, embora seja o adequado. Os riscos são altos demais”, disse ao jornal um político do Partido Conservador, colega do primeiro-ministro, cuja identidade não foi revelada. As eleições parlamentares britânicas serão em maio de 2015. O atual premiê David Cameron teme que seu partido possa ser superado pelo Trabalhista, liderado por Ed Miliband.
Leia mais
Em VEJA: A cinco quilômetros do terror
'Subcultura jihadista' seduz jovens
Síria – O exército do Líbano enfrentou nesta quinta um novo ataque de jihadistas contra um de seus postos no nordeste do Líbano, na fronteira com a Síria, deixando mortos e feridos nas fileiras dos agressores. A agência oficial libanesa ANN informou que o ataque aconteceu logo depois da meia-noite na área de Wadi Hmeid, na região de Arsal, que no início de mês foi cenário de combates. No início do mês pelo menos dezenove membros das forças de segurança morreram e vinte foram capturados em choques em Arsal entre o exército e combatentes da Frente al Nusra e outros grupos extremistas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.