Brasileira é presa durante protesto feminista na Eurocopa
Sara Winter, de 19 anos, é a 1ª integrante do grupo Femen nascida no Brasil
A brasileira Sara Winter, integrante do grupo Femen, é detida pela polícia ucraniana (Anatoli Stepanov/Reuters)
Sara Winter, a primeira brasileira integrante do grupo feminista Femen – que ficou conhecido internacionalmente pelos protestos feitos por mulheres de topless – foi presa neste domingo pela polícia ucraniana durante uma manifestação em Kiev, uma das cidades-sede da Eurocopa 2012.Leia também: 'O seio não é um objeto sexual. É uma arma de protesto', diz Sara Winter
Segundo o Fantástico, da Rede Globo, ela e outra integrante do Femen foram detidas e levadas pelos policiais quando protestavam do lado de fora do estádio Olímpico de Kiev, onde Inglaterra e Itália jogavam pelas quartas de final da competição.
As duas estavam com os seios à mostra e traziam frases de protesto pintadas no corpo, como "Raped by Euro 2012" (Estuprada pelo euro – ou a Euro – 2012) e cartazes que pediam "Sexo Livre" (Free Fuck). Além disso reclamavam do turismo sexual e exploração das mulheres com gritos e palavras de ordem.
A manifestação atraiu dezenas de fotógrafos e integrantes de equipes de TV. Eles registraram a ação dos policiais, que agarraram as ativistas e as carregaram até um ônibus da polícia. Sara chegou a usar as pernas para tentar ficar presa a uma grade, mas um funcionário da organização da Euro 2012 conseguiu soltá-la.
Aos 19 anos, a brasileira estuda cinema em São Paulo e usa um sobrenome fictício – ela não revela o verdadeiro para proteger sua família. Ela chegou na Ucrânia na noite do último sábado e planejava se juntar às demais ativistas do Femen durante a Eurocopa para aproveitar a visibilidade da competição, como revelou em entrevista ao site de VEJA.
De acordo com o Fantástico, Sara e a outra integrante do Femen detida, uma ucraniana, passariam a madrugada de domingo para segunda na cadeia. A manifestação na Ucrânia foi a primeira organizada pelo Femen da qual a brasileira participou. Até então, ela mantinha contato com uma das líderes do grupo, Inna Shevchenko, apenas pelo Facebook.
A brasileira Sara Winter (esquerda) protestava contra a exploração sexual
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