Eurogrupo fecha acordo para capitalização direta dos bancos
Acordo dará ao Banco Central Europeu supervisão financeira da região.
Ação pode abrir caminho para um superministro europeu de Finanças.
Os líderes da zona do euro fecharam um acordo na madrugada desta sexta-feira (29) para recapitalizar diretamente os bancos e delegar ao Banco Central Europeu a supervisão financeira da região, ao final de uma longa reunião em Bruxelas, na Bélgica.
O presidente francês, François Hollande, foi o primeiro a anunciar "um acordo" entre os países da zona do euro sobre soluções para superar a crise da dívida: "Sim, encontramos os mecanismos".
"Aprovamos a recapitalização direta dos bancos, sob certas condições", assinalou Van Rompuy ao final da reunião do Eurogrupo consagrada a encontrar soluções rápidas para ajudar Itália e Espanha a superar a crise da dívida.
O acordo prevê que o BCE terá um papel de supervisor financeiro da zona do euro antes do final do ano. "Quando estiver pronto, o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MES) nos dará a possibilidade de recapitalizar diretamente os bancos", declarou Van Rompuy.
O chefe de governo espanhol, Mariano Rajoy, ficou exultante após horas de negociações, durante as quais Espanha e Itália ameaçaram boicotar o pacto que injetará 120 bilhões de euros para reativar a economia e o crescimento.
"Temos um acordo", confirmou Rajoy por volta das 2H30 GMT, antes de passar a palavra a Van Rompuy para explicar seu conteúdo.
O presidente do Conselho italiano, Mario Monti, manifestou sua "satisfação" com o acordo e o qualificou de "muito importante para o futuro da União Europeia e da zona do euro".
Itália e Espanha vinculavam sua aprovação ao pacto de crescimento na Europa à adoção de medidas de urgência para os dois países, hoje na mira dos mercados devido à crise da dívida.
A recapitalização direta dos bancos, sem passar pelos Estados, enfrentava a resistência da Alemanha, contrária ao "rompimento do vínculo entre dívida pública e bancária".
A decisão pode abrir caminho para a criação de um superministro de Finanças europeu, com capacidade para intervir nos orçamentos de cada país e inclusive modifica-los, além de definir tetos de gasto e de dívida.
O presidente francês, François Hollande, foi o primeiro a anunciar "um acordo" entre os países da zona do euro sobre soluções para superar a crise da dívida: "Sim, encontramos os mecanismos".
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Segundo o presidente da União Europeia, Herman Van Rompuy, a zona do euro aprovou a recapitalização direta dos bancos, sob "certas condições", e se declarou "aberta" a que os países que cumprem com os planos de reforma possam recorrer aos fundos de resgate europeus para "acalmar os mercados"."Aprovamos a recapitalização direta dos bancos, sob certas condições", assinalou Van Rompuy ao final da reunião do Eurogrupo consagrada a encontrar soluções rápidas para ajudar Itália e Espanha a superar a crise da dívida.
O acordo prevê que o BCE terá um papel de supervisor financeiro da zona do euro antes do final do ano. "Quando estiver pronto, o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MES) nos dará a possibilidade de recapitalizar diretamente os bancos", declarou Van Rompuy.
O presidente do Conselho Europeu, Herman Van
Rompuy.
O Conselho Europeu ficará encarregado de apresentar propostas urgentes para a criação de um órgão supervisor até o final de 2012.Rompuy.
O chefe de governo espanhol, Mariano Rajoy, ficou exultante após horas de negociações, durante as quais Espanha e Itália ameaçaram boicotar o pacto que injetará 120 bilhões de euros para reativar a economia e o crescimento.
"Temos um acordo", confirmou Rajoy por volta das 2H30 GMT, antes de passar a palavra a Van Rompuy para explicar seu conteúdo.
O presidente do Conselho italiano, Mario Monti, manifestou sua "satisfação" com o acordo e o qualificou de "muito importante para o futuro da União Europeia e da zona do euro".
Itália e Espanha vinculavam sua aprovação ao pacto de crescimento na Europa à adoção de medidas de urgência para os dois países, hoje na mira dos mercados devido à crise da dívida.
A recapitalização direta dos bancos, sem passar pelos Estados, enfrentava a resistência da Alemanha, contrária ao "rompimento do vínculo entre dívida pública e bancária".
A decisão pode abrir caminho para a criação de um superministro de Finanças europeu, com capacidade para intervir nos orçamentos de cada país e inclusive modifica-los, além de definir tetos de gasto e de dívida.
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