OGX, de Eike Batista, cai mais de 25% e derruba Bovespa nesta quarta
Ações da empresa de Eike Batista caíram 26% e Bovespa perdeu 1,35%.
Desde o início da semana, a queda acumulada da bolsa é de 4,2%.
A Bovespa fechou em baixa nesta quarta-feira (27), descolada dos mercados internacionais, pressionada pela queda de mais de 25% das ações da OGX, refletindo a decepção do mercado com a empresa de petróleo e gás do grupo de Eike Batista. Investidores frustrados com dados de produção da empresa levantaram novas dúvidas sobre o potencial do setor de óleo e gás brasileiro.
O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, Ibovespa, caiu 1,35%, e encerrou a 53.108 pontos.
No ano, a bolsa acumula desvalorização de 6,4%. No mês de junho, há desvalorização de 2,54% até esta última semana do mês. Desde o início da semana, a queda é de 4,2%.
As ações da OGX fecharam com queda de 26,04%. Outras empresas do grupo de Eike também estiveram entre as maiores baixas da sessão. A LLX caiu 9,12% e a MMX perdeu 6,79%.
Resultados da OGX
Na noite da véspera, a OGX divulgou que a vazão de óleo nos primeiros poços perfurados pela empresa em um campo na bacia de Campos é de 5 mil barris de óleo equivalente (boe) por dia, apenas um terço do que o mercado esperava.
"Acreditamos que o baixo nível de produção em relação às expectativas coloca em dúvida todas as premissas por trás de todo o programa de crescimento da OGX", escreveu a equipe de análise do Bank of America Merrill Lynch em relatório. "Vemos isso como um grande desapontamento que provavelmente terá um longo efeito sobre as avaliações feitas sobre a OGX."
O BofA Merrill Lynch cortou o preço-alvo para a ação da OGX de R$ 19,50 para R$ 7,30 e reduziu a recomendação de "neutra" para "underperform", esperando um desempenho abaixo da média do mercado. No mesmo tom, o JPMorgan disse que o volume para os poços do campo de Tubarão Azul gera "grande incerteza sobre o potencial de petróleo recuperável" da OGX.
Dependendo do sucesso de futuras perfurações e da capacidade de extração do óleo, o JPMorgan vê impacto negativo de 10% a 70% sobre o valor justo que atribui à OGX.
A ação da OGX desabou 26,04%, para R$ 6,19, e, na mínima do dia, o papel da petrolífera perdeu 29,4%. Segundo operadores, a notícia era o motivo para a queda de papéis de outras empresas do empresário. Além das quedas de OGX, LLX e MMX, a MPX perdeu 7,93%. Para tentar acalmar o mercado, o empresário Eike Batista convocou uma teleconferência com analistas após o fechamento do mercado.
Alerta
A companhia de Eike não é a primeira a passar por escrutínio, com sinais de que o otimismo de investidores com o setor de óleo e gás no Brasil esteja se esgotando após o impulso com a descoberta do pré-sal alguns anos atrás. A HRT - que explora blocos de petróleo na bacia do Solimões, na Amazônia - teve suas ações penalizadas pela falta de descoberta de óleo em perfurações. No lugar do petróleo, a companhia encontrou grandes quantidades de gás com extração inviável economicamente. A ação da HRT acumula perda de 47% neste ano até 26 de junho.
A estatal Petrobras não cumpre suas metas de produção desde 2003. O novo plano de negócios da companhia prevê produção de 4,2 milhões de barris/dia em 2020, cerca de 700 mil barris diários a menos que a estimativa anterior.
Primeiro óleo
A OGX deu início à produção do seu primeiro óleo, em Waimea, agora batizado Tubarão Azul, em 31 de janeiro. No início dos testes, a produção teve diferentes níveis de vazão, entre 10 mil e 18 mil barris/dia, mas todas muito acima do nível ideal de 5 mil barris por dia. A empresa chegou a prometer uma produção entre 40 mil e 50 mil barris diários ainda em 2012, mas adiou essa meta para o segundo trimestre de 2013.
No comunicado de terça-feira, a OGX disse que mais dois poços produtores e dois poços de injeção de água serão interligados nos próximos 12 meses para aumentar gradativamente a produção de óleo do campo de Tubarão Azul. Apesar da vazão menor, a OGX informou que continua confiante na recuperação dos 110 milhões de barris de óleo equivalente do Campo de Tubarão Azul.
A estimativa para todo o complexo de Waimea -que envolve outros campos- permanece entre 500 milhões e 900 milhões de barris. A declaração de 110 milhões de barris abrange apenas uma parte do campo, Waimea Pequena, batizada de Tubarão Azul, onde a OGX opera a plataforma FPSO OSX-1
O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, Ibovespa, caiu 1,35%, e encerrou a 53.108 pontos.
No ano, a bolsa acumula desvalorização de 6,4%. No mês de junho, há desvalorização de 2,54% até esta última semana do mês. Desde o início da semana, a queda é de 4,2%.
As ações da OGX fecharam com queda de 26,04%. Outras empresas do grupo de Eike também estiveram entre as maiores baixas da sessão. A LLX caiu 9,12% e a MMX perdeu 6,79%.
Resultados da OGX
Na noite da véspera, a OGX divulgou que a vazão de óleo nos primeiros poços perfurados pela empresa em um campo na bacia de Campos é de 5 mil barris de óleo equivalente (boe) por dia, apenas um terço do que o mercado esperava.
"Acreditamos que o baixo nível de produção em relação às expectativas coloca em dúvida todas as premissas por trás de todo o programa de crescimento da OGX", escreveu a equipe de análise do Bank of America Merrill Lynch em relatório. "Vemos isso como um grande desapontamento que provavelmente terá um longo efeito sobre as avaliações feitas sobre a OGX."
O BofA Merrill Lynch cortou o preço-alvo para a ação da OGX de R$ 19,50 para R$ 7,30 e reduziu a recomendação de "neutra" para "underperform", esperando um desempenho abaixo da média do mercado. No mesmo tom, o JPMorgan disse que o volume para os poços do campo de Tubarão Azul gera "grande incerteza sobre o potencial de petróleo recuperável" da OGX.
Dependendo do sucesso de futuras perfurações e da capacidade de extração do óleo, o JPMorgan vê impacto negativo de 10% a 70% sobre o valor justo que atribui à OGX.
A ação da OGX desabou 26,04%, para R$ 6,19, e, na mínima do dia, o papel da petrolífera perdeu 29,4%. Segundo operadores, a notícia era o motivo para a queda de papéis de outras empresas do empresário. Além das quedas de OGX, LLX e MMX, a MPX perdeu 7,93%. Para tentar acalmar o mercado, o empresário Eike Batista convocou uma teleconferência com analistas após o fechamento do mercado.
Alerta
A companhia de Eike não é a primeira a passar por escrutínio, com sinais de que o otimismo de investidores com o setor de óleo e gás no Brasil esteja se esgotando após o impulso com a descoberta do pré-sal alguns anos atrás. A HRT - que explora blocos de petróleo na bacia do Solimões, na Amazônia - teve suas ações penalizadas pela falta de descoberta de óleo em perfurações. No lugar do petróleo, a companhia encontrou grandes quantidades de gás com extração inviável economicamente. A ação da HRT acumula perda de 47% neste ano até 26 de junho.
A estatal Petrobras não cumpre suas metas de produção desde 2003. O novo plano de negócios da companhia prevê produção de 4,2 milhões de barris/dia em 2020, cerca de 700 mil barris diários a menos que a estimativa anterior.
Primeiro óleo
A OGX deu início à produção do seu primeiro óleo, em Waimea, agora batizado Tubarão Azul, em 31 de janeiro. No início dos testes, a produção teve diferentes níveis de vazão, entre 10 mil e 18 mil barris/dia, mas todas muito acima do nível ideal de 5 mil barris por dia. A empresa chegou a prometer uma produção entre 40 mil e 50 mil barris diários ainda em 2012, mas adiou essa meta para o segundo trimestre de 2013.
No comunicado de terça-feira, a OGX disse que mais dois poços produtores e dois poços de injeção de água serão interligados nos próximos 12 meses para aumentar gradativamente a produção de óleo do campo de Tubarão Azul. Apesar da vazão menor, a OGX informou que continua confiante na recuperação dos 110 milhões de barris de óleo equivalente do Campo de Tubarão Azul.
A estimativa para todo o complexo de Waimea -que envolve outros campos- permanece entre 500 milhões e 900 milhões de barris. A declaração de 110 milhões de barris abrange apenas uma parte do campo, Waimea Pequena, batizada de Tubarão Azul, onde a OGX opera a plataforma FPSO OSX-1
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