Síria vive 'situação de guerra', diz presidente Bashar Assad
Após 16 meses de conflito, ONU estima que mais de 15 mil pessoas tenham morrido
DAMASCO - O presidente da Síria, Bashar Assad, afirmou nesta terça-feira, 26,
que o país vive "uma verdadeira situação de guerra". "Vivemos uma verdadeira
situação de guerra e todas nossas poíticas estar a serviço da vitória", afirmou
Assad, durante a primeira reunião do novo governo sírio.
Após 16 meses de conflito, calcula-se que mais de 15 mil pessoas tenham
morrido na Síria, cerca de 230 mil se deslocaram internamente no país e mais de
60 mil buscaram refúgio em países limítrofes, segundo dados das Nações
Unidas.
Ladsous informou ao Conselho de Segurança que as condições atuais, em que impera o aumento dos conflitos entre a oposição e as forças do governo de Bashar Assad, não são propícias para retomar as operações suspensas em 16 de junho. Os 300 observadores que a ONU levou à Síria acusam, além da violência, a falta de cooperação de Damasco em assuntos técnicos relacionados às telecomunicações e agora concentram seus esforços em ajudar as organizações humanitárias que trabalham no país.
O chefe da UNSMIS, o general norueguês Robert Mood, justificou a suspensão das operações, há dez dias, dizendo que o aumento da violência limitava sua "capacidade de observar, verificar e informar, assim como de apoiar o diálogo local e os projetos de estabilidade", argumentou.
Ladsous participa hoje de uma reunião a portas fechadas com os membros do Conselho de Segurança e, por videoconferência, com o ex-ministro de Relações Exteriores palestino Nasser al Qudua, adjunto ao enviado especial para a Síria, Kofi Annan, que tenta salvar o plano de paz elaborado para o país.
A atenção se concentra também na possível realização, em 30 de junho em Genebra, de uma conferência sobre a Síria apoiada por Annan e na qual a Rússia já anunciou que estará presente. Esse encontro deve reunir os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia), que já receberam o convite, e os países com influência sobre a região, entre os quais, segundo defendeu o enviado especial, deveria estar o Irã.
No entanto, a reunião está em suspenso, segundo fontes diplomáticas, que afirmaram que as potências ocidentais duvidam de sua efetividade. Além disso, falta consenso quanto aos participantes da reunião, já que a presença de Teerã não agrada aos Estados Unidos nem à Arábia Saudita, entre outros.
AFP
Assad diz que país vive situação de
guerra
Veja também: Rebeldes
anunciam deserção de 200 soldados sírios em Idlib
Kofi Annan sugere participação do Irã em reunião sobre Síria
Em razão da violência, a ONU decidiu manter a suspensão das operações dos
observadores no país árabe, declarou ao Conselho de Segurança o
subsecretário-geral para Operações de Paz das Nações Unidas, Hervé Ladsous. O
chefe dos "boinas azuis" afirmou que as condições no local são ainda "muito
perigosas" para os militares desarmados que integram a Missão de Supervisão das
Nações Unidas na Síria (UNSMIS), relataram fontes diplomáticas do Conselho.Kofi Annan sugere participação do Irã em reunião sobre Síria
Ladsous informou ao Conselho de Segurança que as condições atuais, em que impera o aumento dos conflitos entre a oposição e as forças do governo de Bashar Assad, não são propícias para retomar as operações suspensas em 16 de junho. Os 300 observadores que a ONU levou à Síria acusam, além da violência, a falta de cooperação de Damasco em assuntos técnicos relacionados às telecomunicações e agora concentram seus esforços em ajudar as organizações humanitárias que trabalham no país.
O chefe da UNSMIS, o general norueguês Robert Mood, justificou a suspensão das operações, há dez dias, dizendo que o aumento da violência limitava sua "capacidade de observar, verificar e informar, assim como de apoiar o diálogo local e os projetos de estabilidade", argumentou.
Ladsous participa hoje de uma reunião a portas fechadas com os membros do Conselho de Segurança e, por videoconferência, com o ex-ministro de Relações Exteriores palestino Nasser al Qudua, adjunto ao enviado especial para a Síria, Kofi Annan, que tenta salvar o plano de paz elaborado para o país.
A atenção se concentra também na possível realização, em 30 de junho em Genebra, de uma conferência sobre a Síria apoiada por Annan e na qual a Rússia já anunciou que estará presente. Esse encontro deve reunir os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia), que já receberam o convite, e os países com influência sobre a região, entre os quais, segundo defendeu o enviado especial, deveria estar o Irã.
No entanto, a reunião está em suspenso, segundo fontes diplomáticas, que afirmaram que as potências ocidentais duvidam de sua efetividade. Além disso, falta consenso quanto aos participantes da reunião, já que a presença de Teerã não agrada aos Estados Unidos nem à Arábia Saudita, entre outros.
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