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Morsi vence a 1ª eleição livre da história do Egito


Candidato islâmico obteve 51,7% dos votos da eleição presidencial realizada na semana passada 

Mohammed Morsi deve se tornar o primeiro presidente eleito livremente da história do Egito e o primeiro presidente islâmico eleito do mundo árabe, de acordo com a comissão eleitoral egípcia. O resultado representa um momento emblemático da chamada Primavera Árabe, uma onda de manifestações a favor de governos mais democráticos que se espalhou pelos países da região.
Membros da campanha presidencial comemoram a vitória de Morsi nas eleições do Egito - EFE
 
Membros da campanha presidencial comemoram a vitória de Morsi nas eleições do Egito

Mohammed Morsi, o candidato do Irmandade Muçulmana, obteve 51,7% dos votos da eleição presidencial realizada na semana passada, de acordo com Farouq Sultan, o presidente da Comissão Eleitoral, derrotando por uma margem apertada Ahmed Shafiq, que foi primeiro-ministro do ex-ditador egípcio Hosni Mubarak, deposto no ano passado.
A vitória de um político islâmico alinhado à Irmandade Muçulmana, que permaneceu na ilegalidade por décadas em razão do regime autocrático egípcio, deve enviar ondas de choque pelo mundo árabe que tem sido governado por autocratas seculares com relações estreitas com o Ocidente.
O resultado iniciará uma nova fase da diplomacia para os governos ocidentais que ao longo das últimas décadas endossavam o poder de Mubarak como um baluarte contra os poderosos governantes islâmicos e outros autocratas.
A presidência nas mãos de Morsi pode causar desconforto no equilíbrio de forças diplomáticas apoiadas pelos EUA. O governo militar de Mubarak garantiu uma paz frágil entre os países do Golfo, ricos na produção de petróleo, que dependiam do respaldo de Mubarak para assegurar o tratado de paz que garantia estabilidade na região e protegia as fronteiras ocidentais do Estado de Israel.
E a imagem de Morsi assumindo o mais alto posto na nação mais populosa do Mundo Árabe deve, provavelmente, galvanizar os violentos levantes que estão ocorrendo na Síria e no Bahrein e a transição política em andamento no Iêmen, Líbia e Tunísia. As informações são da Dow Jones

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