As agências de risco e seus ratings
20 de abril de 2011 | 15h11
Foi após a crise financeira de 2008, quando diversos
bancos e instituições financeiras respeitadas dos Estados Unidos quebraram, que
elas entraram no foco de interesse das autoridades e da sociedade em geral. As
agências de classificação de risco têm como ganha-pão a concessão de ratings –
ou classificações – a empresas, governos ou qualquer entidade que emita títulos
para serem negociados no mercado. Essas classificações são a opinião da agência
sobre a capacidade do emissor desses títulos de honrar seus compromissos com os
investidores.
Como se trata de uma opinião, a credibilidade da nota depende em igual proporção à credibilidade da própria agência. Quanto mais respeitada for, mais considerados serão os ratings concedidos por ela. Moody´s, Standard&Poor´s e Fitch, todas norte-americanas, estão entre as mais importantes.
As classificações são reavaliadas periodicamente e podem sofrer tanto os chamados upgrades como downgrades. E cada agência possui seu próprio sistema, dependendo do grau de risco. Esse trabalho é particularmente interessante quando aplicado ao risco dos títulos de dívida soberana dos países, ou seja, sobre a capacidade de solvência de um governo e o risco de ele cometer default (o famoso calote da dívida).
Para você ter uma ideia de como isso está organizado, montamos uma tabela (veja no início deste post) que compara as principais classificações das agências. Essas definições de graus de risco podem variar entre cada uma delas, assim como os critérios utilizados. (Em negrito, as classificações que os papéis soberanos do Brasil têm atualmente.)
Vale lembrar também que as agências colocam uma “perspectiva” sobre o rating emitido, que pode ser positiva, estável ou negativa. Ou seja, ela dá dicas sobre o que pode ocorrer com aquele papel num futuro próximo. Por exemplo, a S&P divulgou em abril deste ano que colocou em perspectiva negativa a classificação AAA dos papéis da dívida norte-americana, alegando que o desencontro de opiniões entre os dois principais partidos do país sobre o endividamento dos EUA pode impedir a recuperação de sua economia Mais tarde, em agosto, os Estados Unidos sofreram o rebaixamento da avaliação de risco de seu crédito de longo prazo. A nota de risco de crédito dos EUA da agência Standard & Poor”s passou de AAA – a avaliação mantida nos últimos 70 anos e a mais elevada do ranking – para AA+.
Aqui no Brasil, após muitos anos pagando com juros altos os calotes dados na década de 80, o País recebeu, em 2008, o grau de investimento da S&P, ou seja, seus papéis passaram a ser recomendados como seguros em termos de qualidade de crédito. A Fitch e a Moody´s seguiram a decisão e concederam o upgrade no rating brasileiro em 2008 e 2009, respectivamente.
Ainda tem dúvidas? Escreva!
Como se trata de uma opinião, a credibilidade da nota depende em igual proporção à credibilidade da própria agência. Quanto mais respeitada for, mais considerados serão os ratings concedidos por ela. Moody´s, Standard&Poor´s e Fitch, todas norte-americanas, estão entre as mais importantes.
As classificações são reavaliadas periodicamente e podem sofrer tanto os chamados upgrades como downgrades. E cada agência possui seu próprio sistema, dependendo do grau de risco. Esse trabalho é particularmente interessante quando aplicado ao risco dos títulos de dívida soberana dos países, ou seja, sobre a capacidade de solvência de um governo e o risco de ele cometer default (o famoso calote da dívida).
Para você ter uma ideia de como isso está organizado, montamos uma tabela (veja no início deste post) que compara as principais classificações das agências. Essas definições de graus de risco podem variar entre cada uma delas, assim como os critérios utilizados. (Em negrito, as classificações que os papéis soberanos do Brasil têm atualmente.)
Vale lembrar também que as agências colocam uma “perspectiva” sobre o rating emitido, que pode ser positiva, estável ou negativa. Ou seja, ela dá dicas sobre o que pode ocorrer com aquele papel num futuro próximo. Por exemplo, a S&P divulgou em abril deste ano que colocou em perspectiva negativa a classificação AAA dos papéis da dívida norte-americana, alegando que o desencontro de opiniões entre os dois principais partidos do país sobre o endividamento dos EUA pode impedir a recuperação de sua economia Mais tarde, em agosto, os Estados Unidos sofreram o rebaixamento da avaliação de risco de seu crédito de longo prazo. A nota de risco de crédito dos EUA da agência Standard & Poor”s passou de AAA – a avaliação mantida nos últimos 70 anos e a mais elevada do ranking – para AA+.
Aqui no Brasil, após muitos anos pagando com juros altos os calotes dados na década de 80, o País recebeu, em 2008, o grau de investimento da S&P, ou seja, seus papéis passaram a ser recomendados como seguros em termos de qualidade de crédito. A Fitch e a Moody´s seguiram a decisão e concederam o upgrade no rating brasileiro em 2008 e 2009, respectivamente.
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