Pular para o conteúdo principal

Chipre anuncia que pedirá resgate à União Europeia

Exposto à crise grega, sistema bancário cipriota corre o risco de ruir e leva o governo local a pedir a ajuda dos fundos de resgate europeus

Vista aerea de Nicosia, capital do Chipre Chipre deve ser o 4º país a ser 'resgatado', após Grécia, Portugal e Irlanda                                     
O Chipre afirmou nesta segunda-feira que buscará ajuda financeira dos fundos de resgate da União Europeia (UE) – o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF, na sigla em inglês) e o Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (ESM). O objetivo do governo cipriota é conter a exposição do setor financeiro à Grécia.
"O propósito da assistência requerida é conter os riscos à economia cipriota, sobretudo aqueles decorrentes dos efeitos negativos a seu setor financeiro, devido à ampla exposição à economia grega", anunciou o governo.
Grécia, Irlanda e Portugal já contam com resgates internacionais. A Espanha pediu ajuda a seus bancos, mas ainda não recebeu o benefício.
Rating – Nesta segunda-feira, antes da notícia do pedido de ajuda, a agência de classificação financeira Fitch havia anunciado a decisão de reduzir a nota do país de "BBB-" para "BB+", que representa a categoria de ações duvidosas. A agência justificou a ação devido aos temores crescentes sobre a situação do sistema bancário cipriota. A perspectiva da nota é negativa.
A Fitch somou-se assim à Standard and Poor's, que já tinha feito a redução em janeiro, e à Moody's, que baixou a nota da ilha mediterrânea em 13 de junho. "A redução da nota soberana de Chipre reflete um aumento material de exigências em capital que necessitarão os bancos do país com relação a estimativa anterior" de janeiro, justifica a Fitch em comunicado.
Segundo a agência, os três principais bancos do país – que faz parte da zona do euro e assume a presidência semestral da União Europeia em 1º de julho – estão muito expostos à crise da dívida grega. Trata-se do Bank of Cyprus, Cyprus Popular Bank (CPB) e Hellenic Bank.
Além dos 1,8 bilhões de euros necessários para a recapitalização do CPB, a Fitch estima que as necessidades totais dos bancos do país poderiam elevar-se a 4 bilhões de euros, ou 23% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com par
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estimular