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Otan condena 'ato inaceitável' da Síria e respalda Turquia

Erdogan pediu apoio da organização após regime sírio derrubar avião turco

"Os Aliados expressaram seu forte apoio e solidariedade a Turquia", afirmou o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen "Os Aliados expressaram seu forte apoio e solidariedade a Turquia", afirmou o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen (Francois Lenoir/Reuters)
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) considerou "inaceitável" a destruição de um avião de combate turco pela Síria e manifestou apoio e solidariedade a Ancara, afirmou o secretário-geral da Aliança, Anders Fogh Rasmussen. Mais cedo, o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, denunciou o "ato hostil" da Síria e o "ataque covarde" do regime de Bashar Assad, depois que um caça turco foi derrubado na sexta-feira pelo país vizinho.


Entenda o caso


  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
  2. • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
  3. • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
"Consideramos este ato inaceitável e o condenamos nos termos mais enérgicos. Os aliados expressaram seu forte apoio e solidariedade à Turquia", afirmou Rasmussen, antes de dizer que a Otan continua envolvida na questão. "A segurança da Aliança é indivisível. Estamos ao lado da Turquia em um espírito de forte solidariedade", completou, após a reunião dos embaixadores dos 28 países membros da Otan na sede da Aliança em Bruxelas.

A reunião aconteceu a pedido da Turquia, que invocou o artigo 4 do tratado da Aliança, que prevê que qualquer país membro pode levar uma questão à atenção do Conselho quando considera que sua integridade territorial ou segurança está ameaçada. Esta foi a segunda vez, desde a criação da Otan, em 1949, que o artigo foi invocado. A primeira foi em 2003, também pela Turquia, a respeito da guerra no Iraque.

Turquia -
"Não houve a mínima advertência, nem a mínima nota por parte da Síria. Atuaram sem fazer nada disto e depois afirmam, sem vergonha alguma, que são nossos amigos. É um ato hostil", disse Erdogan em um discurso no Parlamento. O premiê turco admitiu que o caça violou "momentaneamente" e "por engano" o espaço aéreo sírio, mas advertiu que a Turquia responderá com determinação a qualquer violação de sua fronteira por parte da Síria.

"As regras de compromisso do Exército turco mudaram a partir de agora. Qualquer elemento militar procedente da Síria que represente um risco e um perigo de segurança contra a fronteira turca será considerado um objetivo militar", afirmou. "Este último acontecimento mostra que o regime de Assad se tornou uma ameaça aberta e próxima para segurança da Turquia e para seu próprio povo", disse Erdogan.

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