Pular para o conteúdo principal

China propõe ao Mercosul estudar a criação de uma zona de livre-comércio


País asiático não tem relações com o Paraguai, que foi suspenso do bloco

BUENOS AIRES - O primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, propôs nesta segunda-feira, 25, ao Mercosul estudar a possibilidade da criação de uma área de livre-comércio comum, o que será analisado pelos presidentes do bloco sul-americano na sexta-feira, em sua cúpula semestral, que ocorrerá na cidade argentina de Mendoza.
O premiê chinês e a presidente da Argentina conversam hoje em Buenos Aires - Enrique Marcarian/Reuters
Enrique Marcarian/Reuters
O premiê chinês e a presidente da Argentina conversam hoje em Buenos Aires
Jiabao fez a proposta em uma videoconferência em Buenos Aires da qual participaram a presidente Dilma Rousseff e os chefes de governo da Argentina, Cristina Kirchner, e do Uruguai, José Mujica. O diálogo não teve a participação de representantes do Paraguai, país sem relações diplomáticas com a China. Embora seja membro do Mercosul, Assunção foi suspenso no domingo de seu direito de participar das reuniões do bloco após o impeachment do presidente Fernando Lugo.
O premiê chinês propôs aos líderes assinar uma declaração conjunta sobre o fortalecimento das relações mútuas, que será analisado pelos presidentes do Mercosul na cúpula de Mendoza. "Devemos realizar estudos de viabilidade sobre o estabelecimento de uma zona de livre-comércio entre China e Mercosul", disse Jiabao ao enumerar suas propostas ao bloco sul-americano.
A declaração feita pela China também inclui um compromisso mútuo de "reforçar a comunicação e confiança estratégicas" e "aprofundar a cooperação" em todos os campos, incluindo o comercial, com vistas a duplicar o volume de trocas comerciais para 2016 em relação às do ano passado.
Em 2011, a China exportou ao Mercosul US$ 48,4 bilhões em produtos, 34,5% a mais que em 2010, enquanto importou do bloco sul-americano US$ 51 bilhões, com uma alta anualizada de 37,9%. Embora o balanço tenha superávit para o Mercosul, isso se deve ao volume de comércio da China com o Brasil, pois os outros três membros do bloco tiveram em 2011 déficit em seu comércio com o gigante asiático.
Dilma, por sinal, considerou uma prioridade estreitar a cooperação com a China, em particular em um "cenário de crise internacional, que parece se estender". "É uma estratégia para evitar que a crise contamine nossos mercados e se estenda a nós", afirmou.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Ex-presidente da Petrobras tem saldo de R$ 3 milhões em aplicações A informação foi encaminhada pelo Banco do Brasil ao juiz Sergio Moro N O ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine (Foto: Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil) Em documento encaminhado ao juiz federal Sergio Moro no dia 31 de outubro, o Banco do Brasil informou que o ex-presidente da Petrobras e do BB Aldemir Bendine acumula mais de R$ 3 milhões em quatro títulos LCAs emitidos pela in...
Grécia e credores se aproximam de acordo em Atenas Banqueiros e pessoas próximas às negociações afirmam que acordo pode ser selado nos próximos dias Evangelos Venizelos, ministro das Finanças da Grécia (Louisa Gouliamaki/AFP) A Grécia e seus credores privados retomam as negociações de swap de dívida nesta sexta-feira, com sinais de que podem estar se aproximando do tão esperado acordo para impedir um caótico default (calote) de Atenas. O país corre contra o tempo para conseguir até segunda-feira um acordo que permita uma nova injeção de ajuda externa, antes que vençam 14,5 bilhões de euros em bônus no mês de março. Após um impasse nas negociações da semana passada por causa do cupom, ou pagamento de juros, que a Grécia precisa oferecer em seus novos bônus, os dois lados parecem estar agindo para superar suas diferenças. "A atmosfera estava boa, progresso foi feito e nós continuaremos amanhã à tarde", d...