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Juro do cheque especial supera 200% ao ano em 2014

Taxa é a maior em quase 16 anos e subiu 52,7 pontos porcentuais no ano passado em relação a 2013

Brasileiro pagou mais caro por crédito no ano passado
Brasileiro pagou mais caro por crédito no ano passado (Ernesto Rodrigues/)
A taxa de juros do cheque especial subiu 52,7 pontos porcentuais em 2014 e atingiu o maior patamar em quase 16 anos. Segundo dados do Banco Central divulgados nesta terça-feira, o juro dessa modalidade de crédito para pessoas físicas chegou a 200,6% ao ano em dezembro, depois de registrar 191,6% em novembro. A taxa mais alta até agora foi a de fevereiro de 1999, quando eram cobrados juros de 204,3% ao ano para o cheque especial.
Leia mais: Estoque de crédito cresce 11,3% em 2014, menor ritmo em sete anos 
Consumidores buscaram menos crédito em 2014
Economia fraca deve 'travar' oferta de crédito em 2015   

Os juros do crédito não consignado, ainda na modalidade de recursos livres (que não têm destino pré-determinado) para pessoas físicas, subiu 15,9 pontos em 2014, para 102% ao ano em dezembro. Quando analisados a taxa de crédito consignado, que desconta os pagamentos das parcelas dos salários e é considerada mais segura para as instituições financeiras, os juros caem bastante - fechou dezembro em 25,9% ao ano, apenas 1,5 p.p. acima de 2013.
Considerando todas as modalidades de crédito do segmento de recursos livres, a taxa média de juros para pessoas físicas ficou em 43,4% ao ano em dezembro. Ela é um pouco maior do que a vista no fim de 2013, de 38%.
Selic - A alta dos juros das instituições financeiras é balizada pela Selic, a taxa básica do Banco Central. No ano passado, na primeira reunião após as eleições presidenciais, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reiniciou a trajetória de alta da Selic para tentar controlar a inflação. Hoje a Selic está em 12,25%. Com juros altos fica mais caro consumir e os preços acabam cedendo com a queda da demanda. A elevação da taxa básica de juros foi uma surpresa para o mercado porque em julho e agosto o próprio BC afrouxou as regras do compulsório dos bancos para injetar mais crédito na economia. A intenção era elevar, justamente, o consumo dos brasileiros

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