‘Não vamos permitir que outro promotor morra, nem que sejam acossados’, diz dirigente judaico
Presidente de associação israelita pediu aos procuradores que não tenham medo de avançar com as investigações sobre atentado contra a Amia
Dezenas de pessoas seguram cartazes durante uma manifestação nesta quarta-feira (21) para exigir justiça após a morte do promotor argentino Alberto Nisman, em frente à sede da Associação Mutual Israelita Argentina, em Buenos Aires (/EFE)
“Não vamos permitir que outro promotor morra, nem que sejam acossados ou que lhes digam o que têm de fazer. As pessoas estão cansadas de não ter justiça”, disse o presidente da Daia, Julio Schlosser. Ele também pediu aos procuradores que não tenham medo de avançar com as investigações. “Estamos com vocês, não tenham medo”, afirmou, segundo o jornal La Nación. “Queremos a verdade”.
Leia também:
Caso Nisman: Porta de serviço do apartamento estava aberta
Justiça divulga a íntegra da denúncia de Nisman contra Cristina Kirchner
Secretário diz que não entrou onde promotor foi encontrado morto
Bilhete de Nisman para diarista aumenta dúvidas sobre o caso
O ato foi realizado na sede da Amia, e o presidente da entidade, Leonardo Jmelnitzky, afirmou que todos “respeitam a Justiça”, mas afirmou que “a falta de justiça” nos 20 anos que decorreram desde o atentado “tem um só resultado: a impunidade”. Ele também lamentou que o terrorismo internacional que “golpeou duas vezes” a Argentina ainda “sangre o mundo inteiro”.
Serviço médico – O presidente da empresa Swiss Medical, à qual pertence o primeiro médico a chegar ao apartamento de Nisman, contou nesta quarta-feira que foi a mãe do promotor que fez a primeira chamada de emergência pedindo uma ambulância. Nesse contato, ela expressou convicção de que seu filho já estava morto.
“Ela telefonou com a convicção de que seu filho havia falecido. O operador comunicou de imediato ao serviço de emergência para que a polícia fosse ao local”, afirmou Claudio Belocopitt em entrevista ao canal a cabo Todo Noticias. Já no apartamento, o médico observou o corpo através da porta do banheiro, que estava entreaberta, e constatou que Nisman havia morrido. “Em seguida se deu conta de que não devia tocar em nada”, disse.
Comentários
Postar um comentário