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‘Não vamos permitir que outro promotor morra, nem que sejam acossados’, diz dirigente judaico

Presidente de associação israelita pediu aos procuradores que não tenham medo de avançar com as investigações sobre atentado contra a Amia

Dezenas de pessoas seguram cartazes durante uma manifestação nesta quarta-feira (21) para exigir justiça após a morte do promotor argentino Alberto Nisman, em frente à sede da Associação Mutual Israelita Argentina, em Buenos Aires
Dezenas de pessoas seguram cartazes durante uma manifestação nesta quarta-feira (21) para exigir justiça após a morte do promotor argentino Alberto Nisman, em frente à sede da Associação Mutual Israelita Argentina, em Buenos Aires  (/EFE)
Dirigentes da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) e da Delegação de Associações Israelitas Argentinas (Daia) reclamaram justiça nesta quarta-feira, em um pedido de esclarecimento sobre a morte do promotor Alberto Nisman. Responsável pela investigação do atentado contra a Amia, , ocorrido em 1994 e que deixou 85 mortos, ele havia acusado a presidente Cristina Kirchner e vários apoiadores de acobertar a participação de iranianos no ataque. No início da madrugada de segunda-feira, o promotor foi encontrado no apartamento onde morava em Buenos Aires, com um tiro na têmpora.
“Não vamos permitir que outro promotor morra, nem que sejam acossados ou que lhes digam o que têm de fazer. As pessoas estão cansadas de não ter justiça”, disse o presidente da Daia, Julio Schlosser. Ele também pediu aos procuradores que não tenham medo de avançar com as investigações. “Estamos com vocês, não tenham medo”, afirmou, segundo o jornal La Nación. “Queremos a verdade”.
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O ato foi realizado na sede da Amia, e o presidente da entidade, Leonardo Jmelnitzky, afirmou que todos “respeitam a Justiça”, mas afirmou que “a falta de justiça” nos 20 anos que decorreram desde o atentado “tem um só resultado: a impunidade”. Ele também lamentou que o terrorismo internacional que “golpeou duas vezes” a Argentina ainda “sangre o mundo inteiro”.
Serviço médico – O presidente da empresa Swiss Medical, à qual pertence o primeiro médico a chegar ao apartamento de Nisman, contou nesta quarta-feira que foi a mãe do promotor que fez a primeira chamada de emergência pedindo uma ambulância. Nesse contato, ela expressou convicção de que seu filho já estava morto.
“Ela telefonou com a convicção de que seu filho havia falecido. O operador comunicou de imediato ao serviço de emergência para que a polícia fosse ao local”, afirmou Claudio Belocopitt em entrevista ao canal a cabo Todo Noticias. Já no apartamento, o médico observou o corpo através da porta do banheiro, que estava entreaberta, e constatou que Nisman havia morrido. “Em seguida se deu conta de que não devia tocar em nada”, disse.

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