Lideranças descartam tratamento especial à Grécia
Diretora-gerente do FMI, chanceler alemã e presidente do Eurogrupo se manifestaram a respeito da vitória do líder antiausteridade, Alexis Tsipras
O líder do partido esquerdista Syriza, Alexis Tsipras (John Kolesidis / Reuters/VEJA)
Na mesma linha, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente do Eurogrupo, o ministro das Finanças holandês, Jeroen Dijsselbloem, reforçaram o compromisso que a Grécia deve manter junto aos credores internacionais. A dívida da Grécia alcançou 117% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2014, o que significa, em dados concretos, que cada grego tem uma dívida externa de 29,7 mil euros a pagar.
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Os mercados financeiros reagiram com nervosismo à vitória de Tsipras, temendo possíveis conflitos com outros governos da zona do euro. Neste cenário, o jornal britânico Financial Times (FT) publicou um texto, neste domingo, questionando que tipo de líder haveria na Grécia: um reformista ou um populista.
Em Atenas, durante a festa da vitória, o primeiro-ministro eleito disse a milhares de apoiares que a Grécia deixa pra trás a "austeridade, o medo e autoritarismo", além de "cinco anos de humilhação e sofrimento". A vitória do Syriza é um marco da rejeição ao modelo adotado para as economias em crise da zona do euro, defendido, sobretudo, por Merkel.
Com 36% dos votos, o Syriza conquistou 149 das 300 cadeiras do Parlamento, apenas duas a menos que a maioria absoluta – que poderá ser alcançada com alianças com outros partidos. O resultado da eleição na Grécia também deve fortalecer os pedidos por uma mudança na região para políticas que promovam o crescimento econômico, em detrimento de cortes orçamentários.
(Com agência Reuters, AFP e Estadão Conteúdo)
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