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Dirceu é investigado na Lava Jato, diz Jornal Nacional

Justiça Federal quebra sigilo de ex-ministro, irmão dele e empresa pela qual prestavam "consultoria" a empreiteiras flagradas no petrolão

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu,   condenado no processo do mensão, É visto   saindo do Centro de Progressão Penitenciária   (CPP), em Brasília, rumo ao seu trabalho em um escritório de advocacia
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu,   condenado no processo do mensão, É visto   saindo do Centro de Progressão Penitenciária   (CPP), em Brasília, rumo ao seu trabalho em um escritório de advocacia

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT), condenado por corrupção ativa no julgamento do mensalão, é um dos investigados no escândalo do petrolão. De acordo com reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, os investigadores da Operação Lava Jato desconfiam que Dirceu tenha sido um dos beneficiados com dinheiro do esquema e tenha intermediado o pagamento de propina por meio de uma de suas empresas.
A Justiça Federal determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-ministro, do irmão dele Luiz Eduardo de Oliveira e Silva e da empresa JD Assessoria e Consultoria Ltda., da qual ambos são sócios. A ordem foi da juíza federal substituta Gabriela Hardt. O Ministério Público Federal encontrou indícios de que a empresa de Dirceu recebeu recursos suspeitos de empreiteiras ligadas ao esquema de desvios na Petrobras, entre elas a Galvão Engenharia, a OAS e a UTC Engenharia.
Documentos exibidos pelo Jornal Nacional mostram que a JD Assessoria e Consultoria recebeu mais de 3,7 milhões de reais das três construtoras, cujos principais executivos foram presos no fim do ano passado pela Polícia Federal.
A juíza suspendeu o sigilo fiscal de 1º de janeiro de 2005 a 18 de dezembro de 2014, segundo o telejornal. O sigilo bancário foi quebrado de 1º de janeiro de 2009 a 18 de dezembro de 2014. A decisão vale para o ex-presidente do PT, seu irmão e a empresa deles.
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Os procuradores da República encontraram vínculos da empresa de Dirceu com as empreiteiras ao analisar documentos contábeis da Receita Federal, obtidos durante as apurações da Lava Jato. Em uma lista da Galvão Engenharia, a JD aparece como prestadora de "consultoria" pela qual recebia 25.000 reais mensais – ao todo, a firma de Dirceu recebeu 725.000 reais da empreiteira.
Nos registros da OAS, foram encontrados pagamentos mensais, em média, de 30.000 reais, que ao todo somam 720.000 reais. Os investigadores encontraram apenas dois pagamentos feitos pela UTC, ambos a título de "consultoria, assessoria e auditoria": um deles de 1.337.000 reais, em 2012, e outro de 939.000 reais, em 2013.
Em nota ao Jornal Nacional, José Dirceu confirmou que prestou serviços de consultoria às empresas e se colocou à disposição para prestar esclarecimentos à Justiça. A Galvão Engenharia disse que não iria se pronunciar sobre a investigação. A UTC Engenharia confirmou que contratou a JD Assessoria e Consultoria para a "prospecção de negócios de infraestrutura no Peru e na Espanha". A reportagem do Jornal Nacional informa que, na OAS, ninguém foi encontrado para comentar as suspeitas.

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