Pular para o conteúdo principal

BC eleva taxa básica de juros para 12,25% ao ano

Decisão de elevar Selic em 0,50 p.p. foi unânime. Em comunicado, a entidade eliminou a palavra "parcimônia" ao se referir a novos ajustes

Banco Central iniciou a trajetória de alta em abril do ano passado
Banco Central iniciou a trajetória de alta em abril do ano passado
Em linha com o esperado pelo mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou em 0,50 ponto porcentual (p.p.) a taxa básica de juros (Selic), para 12,25% ao ano, o maior patamar em três anos e meio. A decisão foi unânime. O próximo encontro será no fim de março. Em comunicado divulgado, a entidade monetária eliminou a palavra "parcimônia" ao comentar o novo ajuste.
O BC iniciou a trajetória de alta em abril do ano passado, quando a taxa de juros passou de 7,25% (mínima histórica) para 7,5%. No governo de Dilma Rousseff, que assumiu a presidência com a Selic a 10,75%, a maior taxa, de 12,5%, ocorreu em julho de 2011.
O aumento dos juros, o terceiro seguido, é uma reação à aceleração da inflação. Em 2014, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o ano em 6,41%, muito perto do teto da meta estabelecida pelo governo, de 6,5%. O índice ficou bem distante do centro da meta, de 4,5%.
Este ano o cenário promete ser ainda mais desafiador, devido ao aumento de impostos, especialmente de combustíveis e operações de crédito, anunciado pelo governo na última segunda-feira. Após os ajustes, alguns analistas já consideram que a inflação em 2015 deve ultrapassar os 7%.
O economista-chefe do banco Fator, José Francisco Gonçalves, já elevou em 0,5 p.p., a 7,3%, a estimativa de alta para o IPCA deste ano. Já o o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, espera que o IPCA avance 7,1% neste ano. A última vez que a inflação oficial do país ficou acima de 7% foi em 2004, quando o IPCA subiu 7,60%.
Leia mais:
Alta da Selic é coerente com ajuste fiscal, dizem especialistas

Mercado prevê aumento da Selic para 12,25% nesta quarta-feira
Governo aumenta impostos e fala em arrecadar R$ 20 bi
Ajustes - Esta semana, o governo anunciou um pacote de medidas fiscais que inclui a retomada da cobrança da Cide, o imposto sobre combustíveis; a elevação de 9,25% para 11,75% da alíquota do PIS/Cofins para produtos importados; a equiparação do atacadista ao industrial para a cobrança de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre setor de cosméticos e o aumento da faixa para operações de crédito (IOF) de 1,5% para 3%. A intenção é provocar uma economia de 20,36 bilhões de reais aos cofres públicos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Ex-presidente da Petrobras tem saldo de R$ 3 milhões em aplicações A informação foi encaminhada pelo Banco do Brasil ao juiz Sergio Moro N O ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine (Foto: Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil) Em documento encaminhado ao juiz federal Sergio Moro no dia 31 de outubro, o Banco do Brasil informou que o ex-presidente da Petrobras e do BB Aldemir Bendine acumula mais de R$ 3 milhões em quatro títulos LCAs emitidos pela in...
Grécia e credores se aproximam de acordo em Atenas Banqueiros e pessoas próximas às negociações afirmam que acordo pode ser selado nos próximos dias Evangelos Venizelos, ministro das Finanças da Grécia (Louisa Gouliamaki/AFP) A Grécia e seus credores privados retomam as negociações de swap de dívida nesta sexta-feira, com sinais de que podem estar se aproximando do tão esperado acordo para impedir um caótico default (calote) de Atenas. O país corre contra o tempo para conseguir até segunda-feira um acordo que permita uma nova injeção de ajuda externa, antes que vençam 14,5 bilhões de euros em bônus no mês de março. Após um impasse nas negociações da semana passada por causa do cupom, ou pagamento de juros, que a Grécia precisa oferecer em seus novos bônus, os dois lados parecem estar agindo para superar suas diferenças. "A atmosfera estava boa, progresso foi feito e nós continuaremos amanhã à tarde", d...