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Presidente da Assembleia de Nova York é preso por corrupção

Sheldon Silver, de 70 anos, é acusado de ter recebido mais de R$ 15 milhões em propinas. O político democrata preside a Assembleia estadual desde 1994

Sheldon Silver
Sheldon Silver (Reuters)
O presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Nova York, o veterano político democrata Sheldon Silver, foi detido nesta quarta-feira pelo FBI (a polícia federal americana) acusado de corrupção. Silver, que está há mais de duas décadas à frente do Legislativo, se entregou às autoridades no começo da manhã em Nova York, confirmou um porta-voz do FBI.
“Espero ser libertado”, disse em sua entrada no tribunal federal de Manhattan o dirigente democrata, um dos políticos mais poderosos de Albany, a capital estadual de Nova York e sede da assembleia legislativa. O caso, liderado pelo escritório do promotor federal do Distrito Sul de Nova York, Preet Bharara, é baseado em pagamentos que o deputado teria recebido de um escritório de advocacia que procura isenções fiscais sobre bens imóveis, detalhou o jornal The New York Times.
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A prisão de Silver é até agora o resultado mais bombástico de uma investigação estadual sobre um escândalo de corrupção que foi encerrada abruptamente pelo governador Andrew Cuomo, mas que foi retomada por autoridades federais, Silver foi acusado de tentar ocultar "fontes corruptas de receita externa”. O político também foi acusado de usar seu poder e influência para obter milhões em propinas e favores
“Existe uma causa provável para acreditar que Silver recebeu cerca de 6 milhões de dólares (mais de 15 milhões de reais) em pagamentos caracterizados como honorários advocatícios unicamente através do uso corrupto de sua posição oficial”, segundo a promotoria. Se condenado, ele pode pegar até 20 anos de prisão por cada uma das acusações, de acordo com uma porta-voz da procuradoria federal dos EUA.
Silver tem 70 anos, é advogado que exerce o posto de presidente da Assembleia estadual desde 1994, tendo passado por diversos governadores e prefeitos, e estava sendo investigado por procuradores federais em Manhattan e pelo FBI. Ele é membro da Casa desde 1977.
(Com agências EFE e Reuters)

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