Dívida pública sobe 8,15% em 2014, para R$ 2,29 trilhões
Crescimento do endividamento público no ano passado foi de R$ 173 bilhões, impulsionado por alta da Selic e de aportes do Tesouro em bancos públicos
Emissões de títulos feitas pelo Tesouro para o BNDES também ajudaram a inflar dívida pública .
Além do custo mais alto da dívida por conta do aperto monetário e das incertezas que marcaram o ano passado, a dívida sofreu, principalmente, com as emissões de títulos feitas pelo Tesouro para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em 2014, o Tesouro emprestou ao banco de desenvolvimento 60 bilhões de reais. Em dezembro, o Tesouro também emitiu 1 bilhão de reais para o banco da Amazônia (Basa).
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O Tesouro Nacional encerrou 2014 dentro dos parâmetros estabelecidos para a DPF, depois de ter passado quase todo o ano com a participação dos títulos prefixados e dos remunerados pela Selic fora das bandas. O valor da DPF fechou dentro da banda do Plano Anual de Financiamento (PAF), de 2,170 trilhões e 2,320 trilhões de reais.
A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 7,32% e fechou dezembro em 2,183 trilhões de reais. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 0,83% maior, somando 112,29 bilhões de reais no final do ano passado.
Investidores - Os estrangeiros reduziram a aquisição de títulos do Tesouro Nacional no fim do ano passado. A participação dos investidores estrangeiros no estoque da DPMFi caiu de 20,07% em novembro de 2014 para 18,64% em dezembro, somando 406,96 bilhões de reais do total do estoque, conforme o Tesouro Nacional.
A categoria das instituições financeiras teve elevação na participação do estoque da DPMFi de 27,26% para 29,77%. Os Fundos de Investimentos reduziram a fatia de 20,63% em novembro para 20,28% em dezembro de 2014. Já as seguradoras tiveram redução na participação de 4,17% para 4,09%.
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Perfil da dívida - A parcela de títulos prefixados na DPF fechou 2014 em 41,58%, dentro da banda estipulada pelo governo entre 40% e 44% do estoque. Em 2013, a fatia era de 42,02%. A parcela correspondente aos papéis indexados à inflação representou 34,91%, também dentro do mínimo de 33% e o máximo de 37% estabelecido pelo Tesouro.
Já os papéis corrigidos pela Selic corresponderam a 18,66% da dívida total em 2014, ante 19,11% verificado um ano antes. O resultado ficou dentro da meta de 14% a 19% para o período.
Ainda segundo o Tesouro, a fatia dos títulos da dívida brasileira corrigida pelo câmbio foi de 4,85% em 2014, abaixo do resultado do ano anterior, de 4,35%, e dentro da banda entre 3% e 5% do ano passado.
(Com agência Reuters e Estadão Conteúdo)
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