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Centro da meta de inflação será atingido só em 2016, reafirma Tombini

DAVOS, SUÍÇA  -  O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse nesta sexta-feira que a inflação no curto prazo ficará “bastante alta”, mas já se vê um recuo das expectativas para os próximos anos, até 2019, o que não se observava há muito tempo.
“Teremos inflação bastante alta como reflexo dos ajustes que estão sendo feitos”, afirmou Tombini, após uma agenda carregada de atividades no Fórum Econômico Mundial, em Davos. Ele não citou especificamente nenhum aumento de imposto ou correção de preços, como a da energia elétrica. “Mas temos visto já algum impacto na expectativa de inflação de médio prazo: 2016, 2017, 2018 e 2019. E não víamos esse recuo, nas expectativas de inflação de médio e longo prazo, havia muito tempo”, acrescentou o presidente do BC, explicando posteriormente que extraiu essas conclusões do boletim semanal Focus.
Para ele, esse movimento corrobora o cenário desenhado pela autoridade monetária, que coloca a inflação em “trajetória de declínio” e “em direção ao centro da meta em 2016”. “Está tudo bem? Está tudo maravilhoso? Não. Temos que continuar vigilantes para atingir o centro da meta em 2016”, completou Tombini.
Ele reiterou que as políticas fiscal e monetária são independentes. “Naturalmente, elas têm complementariedades. A política fiscal mais apertada ajuda a colocar a inflação no centro da meta. No curto prazo, a inflação será mais elevada.”

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