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Criação de vagas de trabalho é a pior desde 2002

No acumulado de janeiro a dezembro o número de contratações superou em 397.000 o de demissões

Dezembro é um mês tradicionalmente de mais demissões do que contratações
Dezembro é um mês tradicionalmente de mais demissões do que contratações
O Brasil fechou 2014 com o pior resultado em criação de empregos desde 2002, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho (MTE) nesta sexta-feira.
Foram criados no ano passado aproximadamente 396.993 vagas de emprego, queda de 65% em relação a 2013, quando o saldo líquido foi de 1.138.562 postos de trabalho. No total, foram 21.667.730 contratações no ano e 21.270.737 desligamentos.
O balanço do Caged aponta que o mercado de trabalho fechou 555.508 vagas em dezembro. Mesmo sendo um mês em que tradicionalmente há mais demissões que contratações, o número é o pior desde 2008 (corte de 654.946 postos). A mediana das estimativas de especialistas ouvidos pela agência Reuters era de  fechamento líquido de 500 mil vagas em dezembro.
O panorama indica que o governo terá dificuldade em manter a taxa de desemprego em patamar baixo em 2015. Desde 2010, os dados do Caged mostram que a criação de empregos formais desacelerou.
Leia também: Ministro do Trabalho prevê demissões este ano em alguns setores 
Novas regras deixam mais de 60% dos trabalhadores demitidos sem seguro-desemprego 
Setores - O desempenho do ano só não foi pior porque o setor de serviços conseguiu criar 476.108 vagas (já descontadas as demissões). O comércio ficou em segundo lugar, com 180.814 postos. A Indústria de transformação e a construção civil, porém, cortaram 163.817 e 106.476, respectivamente.
Seguro-desemprego — No fim do ano passado, o governo anunciou mudanças nas regras para o seguro-desemprego. O prazo de carência para os trabalhadores que requisitarem o benefício pela primeira vez passou de seis para dezoito meses. Segundo o professor da Universidade de Brasília (UnB), Carlos Alberto Ramos, isso pode fazer com que mais da metade dos funcionários demitidos sem justa causa não receba o auxílio. Com base em dados do próprio Caged, o professor identificou que 63,4% dos 10,8 milhões de trabalhadores demitidos entre janeiro e novembro do ano passado tinham menos de um ano e meio de serviço.
A mudança ainda precisa passar pelo Congresso Nacional, que só volta do recesso dia 2 de fevereiro. O porcentual (63,4%) reflete, segundo o professor, a elevada rotatividade no mercado de trabalho brasileiro. “O tempo médio de permanência no trabalho no Brasil é de três anos”.

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