Atrasos em obras custaram R$ 10,8 bi ao setor elétrico
Segundo presidente de associação, demora na entrega de projetos forçou as distribuidoras a comprar energia mais cara no mercado de curto prazo
Usina Hidrelétrica Santo Antônio, no Rio Madeira
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De acordo com o presidente da Abradee, esses custos bilionários foram pagos, principalmente, por recursos da chamada conta ACR, criada para cobrir a exposição involuntária das distribuidoras de eletricidade. Como a energia não foi entregue no prazo combinado, as distribuidoras acabaram tendo que comprar energia no mercado de curto prazo a preços mais altos.
Como os valores da conta ACR serão pagos pelos consumidores a partir dos reajustes de tarifa deste ano, Leite afirma que se houver uma solução, inclusive na Justiça, os consumidores poderão ter um alívio nos aumentos de tarifa já programados para 2015. “É justo que os responsáveis pelo atraso paguem a conta", disse o presidente da Abradee após tratar do assunto com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga.
Entre os atrasos citados por Fonseca Leite estão os das hidrelétricas Santo Antônio e Jirau e projetos do grupo Bertin.
Resposta – Em nota na noite desta quinta-feira, a Santo Antônio disse que começou a operar comercialmente em 30 de março de 2012, nove meses antes do previsto no cronograma original. "Portanto, não há atraso", afirmou. A empresa disse ainda que encerrou 2014 com 32 turbinas em operação, uma capacidade para gerar cerca 2.300 megawatts. Em novembro de 2016, a usina terá 50 turbinas em operação, elevando sua capacidade de geração para 3.568 megawatts, com investimento superior a 20 bilhões de reais.
(Com agência Reuters
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