Mercado corta previsão de crescimento para 2013 e 2014
Perspectiva de expansão do PIB neste ano foi reduzida a 2,30%
A previsão de uma economia com crescimento ainda fraco deve-se aos resultados pouco animadores
A previsão de uma economia com crescimento ainda fraco deve-se a resultados pouco animadores. As vendas no varejo brasileiro voltaram a desacelerar em outubro ao crescerem 0,2%. Embora o resultado tenha sido o oitavo positivo, ficou abaixo do esperado. Dados da indústria também não são muito animadores, apesar de mostrar algum crescimento nos últimos meses, no acumulado do ano a produção teve alta de 1,6% até outubro.
A oscilação do PIB também reflete o cenário de incertezas: o país alternou crescimento praticamente nulo no primeiro trimestre, com forte alta no segundo e retração entre julho e setembro.
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Inflação — O ajuste na taxa de crescimento ocorre em paralelo ao cenário de alta de preços no ano que vem: 5,95%, ante 5,92% da semana anterior. Para este ano, a perspectiva ficou inalterada em 5,70%. A perspectiva para a inflação nos próximos doze meses, por sua vez, foi reduzida de 6,04% para 6,03%.
Selic — As mudanças nas duas variáveis não influenciou o cenário para a taxa básica de juros. Para os economistas consultados pelo BC, a Selic ficará em 10,50% no fim do ano que vem, mesma taxa há três semanas.
A manutenção ocorre depois de o BC ter deixado em aberto as perspectivas para o futuro da política monetária na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Já para janeiro, o Focus mostrou manutenção da projeção de aumento de 0,25 ponto porcentual na taxa básica de juros.
Entretanto, no chamado Top-5 de médio prazo, que compõe as instituições que mais acertam as projeções nesse período, a expectativa continua sendo de maior aperto em 2014: a mediana das estimativas aponta que o juro básico encerrará 2014 a 11%.
(com Agência Reuters)
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