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Juro para pessoa física é o maior desde abril de 2012

O estoque total de crédito - volume disponível aos consumidores - no Brasil subiu 1,5% em novembro ante outubro, chegando a R$ 2,647 trilhões

Os indicadores de crédito seguem influenciados pela alta dos juros básicos, iniciada pela autoridade monetária em abril para controlar a alta da inflação
Os indicadores de crédito seguem influenciados pela alta dos juros básicos, iniciada pela autoridade monetária em abril para controlar a alta da inflação
A inadimplência e o spread bancário (diferença entre os custos de captação do banco e o valor do empréstimo) registraram queda em novembro em relação a outubro, enquanto a taxa de juros subiu no período - o que reflete a continuidade do aperto monetário para o controle da inflação, informou o Banco Central nesta quinta-feira. A taxa média de juros no segmento de recursos livres - sem destinação específica, como habitação ou compra de automóveis - fechou novembro em 29,3%, superior aos 29% em outubro. No crédito total, os juros ficaram em 20% no mês passado, maior que os 19,8% apurados no mês anterior. Já os juros cobrados em operações de empréstimo para pessoas físicas passaram de 38,4% para 38,5% - o maior patamar desde abril do ano passado (30,4%). Para pessoa jurídica, houve avanço de 20,8% em outubro para 21,4% em novembro.
As concessões de crédito no segmento de recursos livres apresentaram recuo de 3,3% em novembro na comparação mensal. Em novembro, o spread bancário com recursos livres foi de 18,1 pontos porcentuais, abaixo dos 18,4 pontos porcentuais registrados em outubro. No crédito total, o spread ficou em 11,5 pontos porcentuais, abaixo dos 11,6 pontos porcentuais verificado em outubro.
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Inadimplência - A inadimplência no mercado de crédito brasileiro no segmento de recursos livres ficou em 4,8% em novembro, menor em relação a outubro, quando foi de 5%, e mais baixo patamar desde março de 2011, quando havia ficado em 4,65%. Considerando os recursos totais no mercado de crédito brasileiro, incluindo também os recursos direcionados (como aqueles para compra de imóveis ou carros, por exemplo), a inadimplência diminuiu em novembro, a 3,1%, ante 3,2% em outubro.
O BC informou ainda que o estoque total de crédito - volume disponível aos consumidores - no Brasil subiu 1,5% em novembro ante outubro, chegando a 2,647 trilhões de reais, ou 55,6% do Produto Interno Bruto (PIB).
Cheque especial — Entre as principais linhas de crédito livre para pessoa física, o destaque ficou com o cheque especial, cuja taxa subiu de 144,5% ao ano em outubro, para 146,4% no mês passado. Desde junho de 2012 (156,7%) os juros dessa modalidade não ficavam em patamar tão elevado.
No crédito para a compra de veículos os juros também subiram no período, de 20,8% para 21,2%.
Veículos — O estoque de operações de crédito livre para compra de veículos pessoa física recuou 0,2% de outubro para novembro. Com isso, o total de recursos para aquisição de automóveis por esse grupo de clientes ficou em 192,718 bilhões de reais no mês passado. No acumulado do ano, a queda é de 0,3%, mas em 12 meses ainda é registrado um avanço de 1%.
As concessões acumuladas em novembro para financiamento de veículos às pessoas físicas somaram 8,004 bilhões de reais, o que representa uma queda de 7,3% em relação ao mês anterior. No acumulado do ano, a queda está em 1,3% e, em 12 meses, em 2,1%.
Cenário — Os indicadores de crédito seguem influenciados pela alta dos juros básicos, iniciada pela autoridade monetária em abril para controlar a alta da inflação. Em mais uma etapa desse aperto, o Comitê de Política Monetária (Copom) em novembro elevou em 0,50 ponto porcentual a taxa Selic, para 10% ao ano, com os juros básicos retornando a dois dígitos após dois anos.
(com Estadão Conteúdo e agência Reuters)

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