Pular para o conteúdo principal

Em 9 dias, bombardeios matam 364 em Aleppo, na Síria

Número é do Observatório Sírio de Direitos Humanos

 
Militantes rebeldes em Idlib, Síria
Militantes rebeldes em Idlib, Síria - Frederic Lafargue/AFP
Ao menos 364 pessoas morreram em decorrência dos bombardeios aéreos à cidade de Aleppo, no norte da Síria, nos últimos nove dias, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos. Entre os mortos, há 105 crianças, 33 mulheres e 30 combatentes da oposição.
A ofensiva militar teve início no dia 15 de dezembro, quando uma frota de helicópteros do regime do ditador Bashar Assad sobrevoou a cidade e lançou barris com explosivos sobre os bairros de Ard al Hamra, Al Haidaria, Karam el-Beik, Al Sajur e Sheikh Said, entre outras. No dia 16, o número de mortos já chegava a 83, sendo 28 crianças.
O Centro de Mídia Aleppo, uma rede de ativistas que atua na Síria, afirmou que os ataques não têm precedentes. Gravações espalhadas por ativistas locais em redes sociais mostraram um incêndio em uma rua estreita, coberta de detritos e poeira após um ataque aéreo no distrito de Karam el-Beik. Outros vídeos mostram pessoas carregando os feridos em cobertores e tratores removendo detritos em um bairro destruído.
Leia mais: Bombardeio em Aleppo deixa mais de 80 mortos
Atentados na Síria matam ao menos 16 pessoas

Síria destruiu instalações de produção de armas químicas, diz Opaq
O Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede em Londres, fez um apelo à comunidade internacional e à ONU para que atuem imediatamente para deter "as mortes indiscriminadas de civis". E advertiu que, se não reagirem, serão "cúmplices nos massacres diários na Síria, especialmente em Aleppo e em seus arredores".
A Coalizão Nacional Síria (CNFROS), principal aliança política opositora ao regime de Bashar Assad, ameaçou, na segunda-feira, não comparecer à conferência de paz de Genebra, prevista para 22 de janeiro, se continuarem os bombardeios do regime.
Segundo a ONU, mais de 100.000 pessoas morreram na Síria desde o início do conflito em março de 2011. Além disso, mais de 2,3 milhões de pessoas fugiram do país desde o início da guerra civil, de acordo com um relatório da Anistia Internacional.
 (com agência EFE)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.