Governo considerou anúncio do Fed positivo
Para Guido Mantega, medida deve significar menos turbulência no câmbio
A área econômica do governo considerou positiva a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) de iniciar a redução dos estímulos à economia americana com um corte de US$ 10 bilhões na redução das compras mensais. Segundo fonte do ministério da Fazenda ouvida pelo 'Broadcast', serviço em tempo real da 'Agência Estado', o corte mais moderado mostrou que o processo de saída dos estímulos será gradual, o que é favorável para a economia brasileira e mundial.
A expectativa preliminar do governo é de que haverá uma redução da volatilidade nos próximos dias, mas a área econômica vai monitorar de perto a evolução do mercado amanhã.
A decisão foi bem recebida porque foi considerada "suave" pela área econômica, principalmente porque o Fed não se comprometeu com o corte mensal consecutivo de US$ 10 bilhões. Isso ficou claro, na avaliação do governo, com o comunicado do Fed e, em seguida, com a fala do presidente Ben Bernanke.
O entendimento é de que ficou mais claro o gradualismo do processo de transição da política monetária americana. Por isso, a primeira reação do mercado foi mais tranquila na avaliação do governo. "Mas é bom aguardar como o mercado brasileiro vai reagir amanhã. O governo vai monitorar", completou a fonte.
Na avaliação da área econômica, o anúncio do início da redução dos estímulos em janeiro começa a deixar mais claro o que vai acontecer, o que tende a diminuir as incertezas.
Ontem, em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, Mantega, afirmou que a decisão do Fed "foi boa, pois significa menos turbulência no câmbio".
"O Fed anunciou uma redução de US$ 10 bilhões em janeiro, mas não se comprometeu a repetir esse (ritmo de corte) nos meses seguintes", pontuou o ministro. Diante disso, Mantega também afirmou que o "dólar pode se valorizar menos do que alguns esperavam".
Reação. Para a equipe de análise do TD Bank, nos Estados Unidos, o Fed conseguiu fazer o mercado financeiro entender a diferença entre dois movimentos: a redução das compras de ativos e o aperto da política monetária. A confusão entre essas duas estratégias havia provocado forte estresse no mercado, sobretudo quando o presidente do Fed, Ben Bernanke, declarou pela primeira vez, que a política monetária dos EUA poderia mudar até o final de 2013.
Para o economista sênior do TD, Martin Schwerdtfeger, a queda recente da taxa de desemprego, que fechou novembro em 7%, o menor nível desde o final de 2008, vinha aumentando o risco de que os juros nos Estados Unidos fossem ser elevados pelo Fed mais cedo do que se imaginava. Inicialmente, o BC havia dito que os juros iriam subir quando o desemprego caísse para 6,5%.
Muitas casas estavam prevendo que esse nível, mantida a tendência atual de queda do desemprego, fosse ser atingido já em 2014 ou no início de 2015. Mas ontem o Fed ressaltou que mesmo "bem depois" que a taxa chegue a esse patamar de 6,5% os juros não vão demorar a subir, desde que a inflação siga abaixo da meta. Essa afirmação acabou compensando, avalia Schwerdtfeger, o fato de o Fed não ter reduzido esse gatilho, como se esperava.
A expectativa preliminar do governo é de que haverá uma redução da volatilidade nos próximos dias, mas a área econômica vai monitorar de perto a evolução do mercado amanhã.
A decisão foi bem recebida porque foi considerada "suave" pela área econômica, principalmente porque o Fed não se comprometeu com o corte mensal consecutivo de US$ 10 bilhões. Isso ficou claro, na avaliação do governo, com o comunicado do Fed e, em seguida, com a fala do presidente Ben Bernanke.
O entendimento é de que ficou mais claro o gradualismo do processo de transição da política monetária americana. Por isso, a primeira reação do mercado foi mais tranquila na avaliação do governo. "Mas é bom aguardar como o mercado brasileiro vai reagir amanhã. O governo vai monitorar", completou a fonte.
Na avaliação da área econômica, o anúncio do início da redução dos estímulos em janeiro começa a deixar mais claro o que vai acontecer, o que tende a diminuir as incertezas.
Ontem, em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, Mantega, afirmou que a decisão do Fed "foi boa, pois significa menos turbulência no câmbio".
"O Fed anunciou uma redução de US$ 10 bilhões em janeiro, mas não se comprometeu a repetir esse (ritmo de corte) nos meses seguintes", pontuou o ministro. Diante disso, Mantega também afirmou que o "dólar pode se valorizar menos do que alguns esperavam".
Reação. Para a equipe de análise do TD Bank, nos Estados Unidos, o Fed conseguiu fazer o mercado financeiro entender a diferença entre dois movimentos: a redução das compras de ativos e o aperto da política monetária. A confusão entre essas duas estratégias havia provocado forte estresse no mercado, sobretudo quando o presidente do Fed, Ben Bernanke, declarou pela primeira vez, que a política monetária dos EUA poderia mudar até o final de 2013.
Para o economista sênior do TD, Martin Schwerdtfeger, a queda recente da taxa de desemprego, que fechou novembro em 7%, o menor nível desde o final de 2008, vinha aumentando o risco de que os juros nos Estados Unidos fossem ser elevados pelo Fed mais cedo do que se imaginava. Inicialmente, o BC havia dito que os juros iriam subir quando o desemprego caísse para 6,5%.
Muitas casas estavam prevendo que esse nível, mantida a tendência atual de queda do desemprego, fosse ser atingido já em 2014 ou no início de 2015. Mas ontem o Fed ressaltou que mesmo "bem depois" que a taxa chegue a esse patamar de 6,5% os juros não vão demorar a subir, desde que a inflação siga abaixo da meta. Essa afirmação acabou compensando, avalia Schwerdtfeger, o fato de o Fed não ter reduzido esse gatilho, como se esperava.
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