Kim Jong-un preside cerimônia em memória do pai
Ditadorzinho tenta se afirmar no poder após execução de seu tio, o número 2 do regime
Parada militar na Coreia do Norte - Reuters
Choe Ryung-hae, um dos homens fortes do regime, abriu as comemorações com um discurso de louvor ao falecido ditador em Pyongyang. Enquanto no lado de dentro do auditório só entravam políticos, militares e burocratas próximos ao poder, do lado de fora, milhares de membros do Partido Comunista e do Exército se aglomeravam pelas ruas.
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O discurso de Choe, vice-presidente da poderosa Comissão Militar Central, seguiu o de Kim Yong-nam, presidente da Assembleia Popular Suprema (o Parlamento norte-coreano), segundo as imagens exibidas pela televisão estatal KCTV. O destaque do evento foi a ausência de Kim Kyong-hui, irmã do falecido Kim Jong-il, tia do atual líder e viúva de Jang Song-thaek, o ex-número dois do regime executado na semana passada por conspiração e traição. A execução do tio e mentor político do jovem Kim provocou questionamentos sobre a estabilidade do regime.
Todos os níveis de poder e controle da Coreia do Norte pareciam estar presentes para mostrar lealdade a Kim e ao Estado, disse à CNN Daniel Pinkston, analista sênior do International Crisis Group. “Kim Jong-un usa essas datas para que as pessoas na liderança estendam suas promessas de fidelidade e lealdade ao regime", disse Pinkston. “Há muita atenção sobre ele por causa do recente expurgo e execução de Jang Song-thaek”, completou.
Na segunda-feira, em um evento separado, membros do exército norte-coreano juraram lealdade ao ditador Kim em uma parada militar nos arredores do Palácio Kumsusan, informou a agência de notícias estatal norte-coreana. Os participantes "prometeram solenemente tornarem-se ‘balas e bombas humanas’ para proteger Kim e o regime”.
No dia 17 de dezembro do ano passado, o primeiro aniversário da morte do chamado ‘querido líder’, aconteceu uma das típicas concentrações de massa em Pyongyang presidida por Kim Jong-un, além de uma cerimônia de homenagem ao corpo embalsamado do falecido ditador, que está no Palácio Kumsusan. Kim Jong-il morreu há dois anos de um infarto do miocárdio, o que deu início a era de seu filho, Kim Jong-un, à frente do país governado por três gerações da mesma família desde a sua fundação em 1948.
Imagem divulgada pelo governo da Coreia do Norte, juntamente com um comunicado, informa que os soldados estão preparados para o combate contra a Coreia do Sul e Estados Unidos - KCNA/Reuters
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