Comissão eleitoral propõe adiar eleição tailandesa após confrontos
Proposta é realizar a eleição quando houver consentimento entre todos os partidos; governo recusa sugestão
BANGCOC - A Comissão Eleitoral da Tailândia propôs nesta quinta-feira, 26, que a eleição prevista para fevereiro seja adiada, depois de violentos confrontos entre a tropa de choque da polícia e manifestantes que querem a renúncia da primeira-ministra Yingluck Shinawatra.
Um policial morreu e três ficaram feridos por tiros disparados do alto durante o confronto, iniciado quando a tropa de choque usou gás lacrimogêneo e balas de borracha contra manifestantes que atiravam pedras e tentavam invadir o local onde haveria um sorteio de números eleitorais.
Cerca de 100 manifestantes foram hospitalizados por inalar gás e também com ferimentos causados pelas balas de borracha, segundo o Ministério da Saúde.
Horas depois dos incidentes, a comissão eleitoral divulgou nota recomendando que o governo adie a votação até que todos os lados a apoiem - um cenário improvável, dada a vitória quase assegurada do partido Puea Thai, de Yingluck.
A proposta da comissão é um revés para a primeira-ministra, que busca reafirmar seu mandato diante das pressões dos opositores. Os confrontos nas ruas também são um golpe para ela, depois dos seus pedidos para que a polícia agisse com moderação, para evitar que a oposição acirrasse intencionalmente a situação de modo a enfraquecer seu governo e forçar uma intervenção dos militares ou do Judiciário.
"A eleição de 2 de fevereiro pode não acontecer se não houver consentimento mútuo entre todos os partidos correlatos", disse a comissão, sugerindo que ela própria poderá tomar essa decisão numa reunião em 2 de janeiro.
As manifestações são encabeçadas por membros da elite e da classe média de Bangcoc, que veem Yingluck como um fantoche do seu irmão, o bilionário ex-premiê populista Thaksin Shinawatra, muito popular entre os tailandeses pobres. Seu partido venceu todas as eleições desde 2001.
O governo da Tailândia, no entanto, rejeitou a proposta da comissão e garantiu que a votação será realizada como planejado, apesar dos confrontos entre a polícia e manifestantes contrários ao governo. / REUTERS
Reuters
Cerca de 2 mil manifestantes protestaram na frente da casa da primeira-ministra
Cerca de 100 manifestantes foram hospitalizados por inalar gás e também com ferimentos causados pelas balas de borracha, segundo o Ministério da Saúde.
Horas depois dos incidentes, a comissão eleitoral divulgou nota recomendando que o governo adie a votação até que todos os lados a apoiem - um cenário improvável, dada a vitória quase assegurada do partido Puea Thai, de Yingluck.
A proposta da comissão é um revés para a primeira-ministra, que busca reafirmar seu mandato diante das pressões dos opositores. Os confrontos nas ruas também são um golpe para ela, depois dos seus pedidos para que a polícia agisse com moderação, para evitar que a oposição acirrasse intencionalmente a situação de modo a enfraquecer seu governo e forçar uma intervenção dos militares ou do Judiciário.
"A eleição de 2 de fevereiro pode não acontecer se não houver consentimento mútuo entre todos os partidos correlatos", disse a comissão, sugerindo que ela própria poderá tomar essa decisão numa reunião em 2 de janeiro.
As manifestações são encabeçadas por membros da elite e da classe média de Bangcoc, que veem Yingluck como um fantoche do seu irmão, o bilionário ex-premiê populista Thaksin Shinawatra, muito popular entre os tailandeses pobres. Seu partido venceu todas as eleições desde 2001.
O governo da Tailândia, no entanto, rejeitou a proposta da comissão e garantiu que a votação será realizada como planejado, apesar dos confrontos entre a polícia e manifestantes contrários ao governo. / REUTERS
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