Pular para o conteúdo principal

ONU alerta para combates sectários na Síria


Relatório de direitos humanos aponta que forças do governo aumentaram bombardeios aéreos como ataques a hospitais

BRUXELAS - A guerra na Síria se tornou dividida ao longo de linhas sectárias, colocando cada vez mais a comunidade alauíta, atualmente no poder, contra a maioria sunita, com combatentes estrangeiros ajudando ambos os lados, disseram investigadores de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quinta-feira, 20.

Paulo Sérgio Pinheiro, da comissão de direitos humanos - Francois Lenoir/Reuters
 
Paulo Sérgio Pinheiro, da comissão de direitos humanos

"Conforme as batalhas entre as forças do governo e grupos armados contrários ao governo chegam perto do fim de seu segundo ano, o conflito se tornou abertamente sectário em sua natureza", disseram os investigadores independentes, liderados pelo especialista brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, em seu relatório mais recente, de 10 páginas.
Forças do governo sírio aumentaram os bombardeios aéreos, incluindo ataques a hospitais, e evidências sugerem que esses ataques são "desproporcionais", afirmam. A condução de hostilidades nos dois lados do conflito é "cada vez mais em violação à lei internacional", acrescentaram.
"Sentindo-se ameaçadas e sob ataque, minorias étnicas e religiosas têm cada vez mais se alinhado com partes do conflito, aprofundando as divisões sectárias", afirma o relatório.
A maioria dos "combatentes estrangeiros" que entram na Síria para se juntar a grupos rebeldes, ou para lutar de forma independente com eles, são sunitas de outros países do Oriente Médio e do norte da África, disseram os investigadores da ONU, que elaboraram seu relatório após realizar entrevistas na região. O relatório da ONU compreende o período entre 28 de setembro e 16 de dezembro.
O grupo xiita libanês Hezbollah confirmou que seus membros estão na Síria combatendo ao lado do governo. Também há informações de que xiitas iraquianos também estão combatendo na Síria e o Irã confirmou em setembro que suas Guardas Revolucionárias estão dando ajuda à Síria.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.