Rajoy diz que Espanha só volta a crescer em 2014
Primeiro-ministro reconhece que 2013 será mais um ano de ajustes para a economia, que está em crise por causa da explosão da bolha imobiliária
Às portas de 2013, o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, prometeu
ontem, em entrevista ao jornal 'El Mundo', que seu país retomará o caminho do
crescimento - mas só em 2014.
Mergulhado em sucessivos trimestres de recessão, em um desemprego que ultrapassa 25% da população e sem conseguir cumprir as metas de redução da dívida e do déficit público, Rajoy afirmou "ter certeza" de que o crescimento voltará em 2014, bem como a criação de empregos.
Ele foi escolhido a personalidade do ano pelo jornal El Mundo. Em entrevista que acompanhava a distinção, o primeiro-ministro conservador comentou o contexto de crise econômica em que assumiu o poder e foi lacônico ao comentar as perspectivas para 2013. "Espero que o próximo ano seja melhor", disse, referindo-se a um 2012 "mais difícil do que o previsto".
Ao mesmo tempo em que se mostra evasivo sobre as possibilidade de aumento da atividade econômica nos próximos 12 meses, o premiê demonstrou forte no otimismo em relação a 2014. "Tenho a certeza, e isso é também o que nos dizem os organismos internacionais e os relatórios de analistas, que 2014 será um ano de crescimento econômico e de criação de empregos."
A Espanha vive a alternância entre períodos de forte contração e de baixo crescimento - o chamado crescimento em W - desde a eclosão da bolha imobiliária. Em 2011, depois de uma ligeira recuperação que durou dois anos, o país voltou à recessão. No ano que se encerra, o prognóstico do Ministério da Economia é de um recuo de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), seguido de nova contração em 2013, da ordem de 0,5% do PIB.
O problema é que, a cada ano, as previsões feitas pelo Palácio de Moncloa se revelam otimistas demais. Ainda assim, Rajoy demonstrou confiança no futuro a médio prazo. Prova disso foi a promessa de que baixará as alíquotas do Imposto de Renda assim que a arrecadação voltar a aumentar. "À medida que a atividade econômica melhorar e o Estado tiver mais renda, nós revisaremos algumas decisões, como a alta do imposto de renda."
Defensor de uma lei orçamentária que prevê em 2013 o maior pacote de austeridade jamais executado no país, de € 39 bilhões, o primeiro-ministro respondeu as críticas de que está "desmantelando" o Estado de bem-estar social. "O pior inimigo do Estado de bem-estar social é uma dívida que leva à falência."
Rajoy vem sendo muito cobrado pela opinião pública por reduzir gastos do governo justamente em programas sociais, como seguro-desemprego e programas de saúde. Durante sua passagem por Madri, em novembro, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, tocou na mesma tecla, advertindo os países da Europa - sem se dirigir em particular à Espanha - sobre os riscos criados pela política de rigor fiscal, sem ênfase em crescimento.
Mergulhado em sucessivos trimestres de recessão, em um desemprego que ultrapassa 25% da população e sem conseguir cumprir as metas de redução da dívida e do déficit público, Rajoy afirmou "ter certeza" de que o crescimento voltará em 2014, bem como a criação de empregos.
Ele foi escolhido a personalidade do ano pelo jornal El Mundo. Em entrevista que acompanhava a distinção, o primeiro-ministro conservador comentou o contexto de crise econômica em que assumiu o poder e foi lacônico ao comentar as perspectivas para 2013. "Espero que o próximo ano seja melhor", disse, referindo-se a um 2012 "mais difícil do que o previsto".
Ao mesmo tempo em que se mostra evasivo sobre as possibilidade de aumento da atividade econômica nos próximos 12 meses, o premiê demonstrou forte no otimismo em relação a 2014. "Tenho a certeza, e isso é também o que nos dizem os organismos internacionais e os relatórios de analistas, que 2014 será um ano de crescimento econômico e de criação de empregos."
A Espanha vive a alternância entre períodos de forte contração e de baixo crescimento - o chamado crescimento em W - desde a eclosão da bolha imobiliária. Em 2011, depois de uma ligeira recuperação que durou dois anos, o país voltou à recessão. No ano que se encerra, o prognóstico do Ministério da Economia é de um recuo de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), seguido de nova contração em 2013, da ordem de 0,5% do PIB.
O problema é que, a cada ano, as previsões feitas pelo Palácio de Moncloa se revelam otimistas demais. Ainda assim, Rajoy demonstrou confiança no futuro a médio prazo. Prova disso foi a promessa de que baixará as alíquotas do Imposto de Renda assim que a arrecadação voltar a aumentar. "À medida que a atividade econômica melhorar e o Estado tiver mais renda, nós revisaremos algumas decisões, como a alta do imposto de renda."
Defensor de uma lei orçamentária que prevê em 2013 o maior pacote de austeridade jamais executado no país, de € 39 bilhões, o primeiro-ministro respondeu as críticas de que está "desmantelando" o Estado de bem-estar social. "O pior inimigo do Estado de bem-estar social é uma dívida que leva à falência."
Rajoy vem sendo muito cobrado pela opinião pública por reduzir gastos do governo justamente em programas sociais, como seguro-desemprego e programas de saúde. Durante sua passagem por Madri, em novembro, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, tocou na mesma tecla, advertindo os países da Europa - sem se dirigir em particular à Espanha - sobre os riscos criados pela política de rigor fiscal, sem ênfase em crescimento.
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