Autoridades sírias vão a Moscou discutir propostas para a crise
Nesta semana o enviado especial da ONU Lakkdar Brahimi teve um encontro com o presidente sírio, Bashar Assad
BEIRUTE - Funcionários do Ministério de Relações Exteriores da Síria foram
para Moscou nesta quarta-feira, 26, para discutir propostas para acabar com a
crise síria, que já dura 21 meses, aparentemente criadas pelo emissário
internacional Lakhdar Brahimi, disseram fontes sírias e libanesas.
O vice-chanceler Faisal Makdad e outro assessor vão sondar autoridades russas
sobre os detalhes de reuniões com Brahimi em Damasco esta semana, informou uma
fonte de segurança síria. Um funcionário libanês próximo ao governo do
presidente Bashar Assad disse que as autoridades sírias estavam otimistas depois
de conversas com o enviado das Nações Unidas e da Liga Árabe, que se reuniu com
o ministro sírio de Relações Exteriores, Walid Moualem, na terça-feira, e com o
próprio Assad no dia anterior.
"Há um novo estado de espírito agora e algo de bom está acontecendo", disse o funcionário, que pediu para não ser identificado devido à sensibilidade da questão. "É claro que agora eles (autoridades sírias) querem se reunir com seus aliados para discutir estes novos desdobramentos."
Mais de 44 mil sírios morreram na revolta contra quatro décadas de governo da família Assad, um conflito que começou com protestos pacíficos, mas que se transformou em guerra civil. Brahimi está na Síria para uma semana de conversas com autoridades do governo e alguns dissidentes, mas até agora não disse nada sobre quaisquer novas propostas ou desdobramentos.
No início de dezembro, ele manteve reuniões entre a Rússia, principal fornecedor de armas da Síria e aliada de Assad, e os Estados Unidos, que colocaram seu peso por trás da oposição. Embora ambos os lados tenham dito que queriam um acordo político, nenhum alterou a sua posição sobre Assad.
A proposta anterior de Brahimi centrava-se em um governo de transição, que deixou em aberto o papel futuro de Assad, algo que se tornou um ponto de atrito entre o governo, a oposição e as potências estrangeiras que apoiam diferentes lados. Os líderes da oposição têm sido cautelosos sobre os recentes esforços diplomáticos, incluindo aqueles liderados por Brahimi.
Moaz Alkhatib, o chefe da Coalizão Nacional Síria, grupo de oposição, argumentou contra qualquer acordo que não exija a saída de Assad e disse que o grupo tinha repetidamente deixado isso bem claro. "Nós dissemos a cada funcionário que encontramos: o governo e seu presidente não podem ficar no poder, com ou sem os seus poderes. Isso é inaceitável para os sírios", escreveu ele em sua página no Facebook na segunda-feira. "A liderança da coalizão disse a Lakhdar Brahimi diretamente que este tipo de solução é rejeitada."
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"Há um novo estado de espírito agora e algo de bom está acontecendo", disse o funcionário, que pediu para não ser identificado devido à sensibilidade da questão. "É claro que agora eles (autoridades sírias) querem se reunir com seus aliados para discutir estes novos desdobramentos."
Mais de 44 mil sírios morreram na revolta contra quatro décadas de governo da família Assad, um conflito que começou com protestos pacíficos, mas que se transformou em guerra civil. Brahimi está na Síria para uma semana de conversas com autoridades do governo e alguns dissidentes, mas até agora não disse nada sobre quaisquer novas propostas ou desdobramentos.
No início de dezembro, ele manteve reuniões entre a Rússia, principal fornecedor de armas da Síria e aliada de Assad, e os Estados Unidos, que colocaram seu peso por trás da oposição. Embora ambos os lados tenham dito que queriam um acordo político, nenhum alterou a sua posição sobre Assad.
A proposta anterior de Brahimi centrava-se em um governo de transição, que deixou em aberto o papel futuro de Assad, algo que se tornou um ponto de atrito entre o governo, a oposição e as potências estrangeiras que apoiam diferentes lados. Os líderes da oposição têm sido cautelosos sobre os recentes esforços diplomáticos, incluindo aqueles liderados por Brahimi.
Moaz Alkhatib, o chefe da Coalizão Nacional Síria, grupo de oposição, argumentou contra qualquer acordo que não exija a saída de Assad e disse que o grupo tinha repetidamente deixado isso bem claro. "Nós dissemos a cada funcionário que encontramos: o governo e seu presidente não podem ficar no poder, com ou sem os seus poderes. Isso é inaceitável para os sírios", escreveu ele em sua página no Facebook na segunda-feira. "A liderança da coalizão disse a Lakhdar Brahimi diretamente que este tipo de solução é rejeitada."
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