Ante iminência do abismo fiscal, EUA tomam medidas extraordinárias
Entre as ações para adiar o 'default' estão o travamento da emissão de alguns títulos públicos, diz o secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner
Timothy Geithner diz que
não é possível prever a duração dessas medidas
Segundo o secretário, entre as medidas extraordinárias está o travamento da emissão de alguns títulos públicos, o que, sob circunstâncias normais, deve implicar um prazo maior de cerca de dois meses.
Geithner advertiu, porém, que não dá para precisar
quanto tempo poderá oferecer à Casa Branca e aos legisladores americanos caso
eles não consigam chegar logo a um consenso sobre um compromisso orçamentário
para evitar que a economia mergulhe no "abismo fiscal". "Dada a incerteza que existe agora
no que diz respeito às políticas de gastos para 2013, não é possível prever a
duração efetiva destas medidas", afirmou.
A partir do meio-dia (15h de Brasília) de sábado, os Estados Unidos vão "começar a tomar certas medidas extraordinárias autorizadas por lei para temporariamente adiar o default".
Oficialmente, a Casa Branca tem até o final do mês
para acertar medidas para reduzir gastos e elevar a arrecadação e, assim,
permitir uma redução da dívida pública – sem que isso passe a ser feito de
maneira automática, como prevê a lei, o que poderia levar o país à recessão.
Este mecanismo
automático prevê, apenas para 2013, que 665 bilhões de dólares
serão sugados da economia, o que levará a uma contração de 0,5%.
Obama encurtou suas férias de Natal para retornar
a Washington e reiniciar as negociações fiscais, informou a Casa Branca. O
presidente encontrava-se junto a sua família no Havaí e deve retomar as
negociações nesta quinta-feira. Apesar de semanas de negociações, Obama não
alcançou um acordo com os republicanos para evitar o abismo fiscal.
No dia 1º de janeiro também expiram as reduções de impostos a todos os contribuintes, herdadas da presidência de George W. Bush e que os republicanos pretendem renovar. Contudo, o presidente americano deseja excluir destas reduções os cidadãos com receitas superiores a 400 mil dólares por ano, depois de ter abandonado durante as negociações sua base de 250 mil dólares.
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