Empresa francesa cria portal para concorrer com o GoogleNews
Operadora de telefonia Orange quer oferecer aos veículos de imprensa serviço que remunera jornais
PARIS - O operador francês de telefonia Orange, um dos maiores da Europa, colocou no ar ontem, em Paris, um novo "motor de pesquisas" especializado em sites de informação. O portal, intitulado presse.lemoteur.fr, visa a ocupar o lugar do Google e oferecer aos veículos de imprensa uma espécie de "GoogleNews remunerado", aproveitando-se da briga entre maior portal de pesquisas do mundo e jornais na França - disputa que também acontece na Alemanha e no Brasil.
O site cataloga oito dos maiores jornais e revistas da França - Le Figaro, Libération, Les Echos, Le Parisien, L'Équipe, L'Express, Le Point e Le Nouvel Observateur -, empresas com as quais o portal vai dividir o valor arrecadado com a publicidade. O site traz no alto o logotipo da Orange e ao lado a inscrição "Le Moteur" - "O Motor", sob o slogan "Mais rápido ao essencial". Ao centro, há um campo de pesquisas. Na parte inferior, à direita, o portal traz ainda um campo com os cinco assuntos mais pesquisados do dia.
Cada busca dá origem a duas "categorias" de resposta. A primeira é de últimas notícias sobre o assunto, denominada "Estas acabam de ser publicadas", e a segunda elencando as reportagens em "Como a imprensa está tratando".
A ideia do portal nasceu por inspiração das empresas jornalísticas da França. Neste momento, os editores travam uma disputa com a companhia americana Google sobre o "referenciamento" de notícias online. Jornais e revistas pedem que o portal pague pela publicação de seus textos - sujeitos a direitos autorais -, compartilhando parte da receita publicitária obtida com as pesquisas. Hoje, GoogleNews não remunera os editores jornalísticos, o que levou os veículos de imprensa do Brasil a proibirem a reprodução do conteúdo no portal Google.
Segundo David Lacombred, diretor-delegado de Estratégias de Conteúdo da Orange, o projeto tem dois anos de existência e é anterior à disputa entre veículos de imprensa e Google. Ainda assim, o executivo reconhece que "segue as discussões atentamente" e que remunera as empresas participantes. Da receita obtida com publicidade, Orange receberá 50%, enquanto o grupo GIE-EPresse, a associação dos oito jornais e revistas parceiros, ficará com os outros 50%.
O portal, ainda em versão experimental, foi acolhido com críticas por sites especializados em informática. A primeira delas foi quanto ao número de reportagens indexadas. O Estado testou o portal na noite de ontem, quando do pico de audiência da internet. Ao nome próprio "Brésil" - Brasil em francês - o novo portal ofereceu 101 alternativas de textos. GoogleNews indicou 58 mil links. Além da falta de fontes de informação - apenas os oito associados, por ora -, entre as avaliações mais comuns de blogueiros especializados estava a estética do site e seu nome, tido como pouco atraente.
VEJA TAMBÉM
Cada busca dá origem a duas "categorias" de resposta. A primeira é de últimas notícias sobre o assunto, denominada "Estas acabam de ser publicadas", e a segunda elencando as reportagens em "Como a imprensa está tratando".
A ideia do portal nasceu por inspiração das empresas jornalísticas da França. Neste momento, os editores travam uma disputa com a companhia americana Google sobre o "referenciamento" de notícias online. Jornais e revistas pedem que o portal pague pela publicação de seus textos - sujeitos a direitos autorais -, compartilhando parte da receita publicitária obtida com as pesquisas. Hoje, GoogleNews não remunera os editores jornalísticos, o que levou os veículos de imprensa do Brasil a proibirem a reprodução do conteúdo no portal Google.
Segundo David Lacombred, diretor-delegado de Estratégias de Conteúdo da Orange, o projeto tem dois anos de existência e é anterior à disputa entre veículos de imprensa e Google. Ainda assim, o executivo reconhece que "segue as discussões atentamente" e que remunera as empresas participantes. Da receita obtida com publicidade, Orange receberá 50%, enquanto o grupo GIE-EPresse, a associação dos oito jornais e revistas parceiros, ficará com os outros 50%.
O portal, ainda em versão experimental, foi acolhido com críticas por sites especializados em informática. A primeira delas foi quanto ao número de reportagens indexadas. O Estado testou o portal na noite de ontem, quando do pico de audiência da internet. Ao nome próprio "Brésil" - Brasil em francês - o novo portal ofereceu 101 alternativas de textos. GoogleNews indicou 58 mil links. Além da falta de fontes de informação - apenas os oito associados, por ora -, entre as avaliações mais comuns de blogueiros especializados estava a estética do site e seu nome, tido como pouco atraente.
Comentários
Postar um comentário