Pular para o conteúdo principal

CMN regulamenta o Cadastro Positivo

Conselho prevê que instituições financeiras estejam aptas a cumprir as disposições até 1º de agosto de 2013; expectativa é que lei favoreça a queda de juros para bons pagadores 

BRASÍLIA - O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quinta-feira, 20, a resolução que regulamenta a prestação de informação pelas instituições financeiras e outras autorizadas pelo Banco Central ao Cadastro Positivo.
Na prática, o Cadastro Positivo é um banco de dados com informações de consumidores que têm histórico favorável de pagamentos. A expectativa é que, colocada em prática, a lei vai favorecer a queda dos juros bancários para bons pagadores.
A resolução prevê que as instituições financeiras estejam aptas a cumprir essas disposições até 1º de agosto de 2013. O cadastro foi criado por lei em junho de 2011 e regulamentado por decreto em outubro deste ano. Coube agora ao CMN disciplinar a transferências dos dados dos clientes dos bancos para o cadastro.
O CMN também definiu os dados que os bancos terão de enviar ao Cadastro Positivo quando o cliente solicitar a inclusão de uma obrigação na lista de bons pagadores. Devem ser enviados: data da concessão do crédito; valor total do empréstimo; valor das prestações; datas de vencimento; e valores pagos, mesmo que parciais.
O conselho determinou ainda que o gestor do banco de dados do Cadastro Positivo tenha patrimônio de pelo menos R$ 70 milhões, caso vá lidar com dados financeiros.
Se forem apenas dados de prestadores de serviços, o patrimônio deve ser de R$ 20 milhões, como já determina decreto de outubro deste ano. "É necessário investimento grande em tecnologia, entre outras coisas, para guarda da informação" disse o chefe do Departamento de Normas do Sistema Financeiro, Sérgio Odilon dos Anjos, ao destacar que a empresa que lide com dados bancários deva ser mais "robusta". Odilon afirmou que já há muitas empresas interessadas, mas não citou nomes.
A instituição que já tiver condição de enviar as informações pode começar antes de agosto de 2013. "O que não pode é começar depois desse prazo. Quem começar depois sofrerá as punições normais do BC e do CMN", afirmou. Odilon lembrou que quem consulta esses dados é o próprio cliente, sem custos, e também as empresas que podem ter relacionamento de negócio com o cliente. "As empresas têm de comprovar que têm negócio com o cliente. Não podem fazer consulta a dados aleatoriamente."

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com par
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estimular