MP denuncia e pede a prisão de Aref
Promotores ainda acusam de formação de quadrilha 4 dirigentes da Brookfield, incluindo o presidente, e sócios de outras 2 empresas
Artur Rodrigues, Fausto Macedo e Marcelo Godoy -
O Estado de S.Paulo
O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou por formação de
quadrilha, concussão (achaque) e corrupção passiva o ex-diretor do Departamento
de Aprovação de Edificações (Aprov) da Prefeitura Hussain Aref Saab e pediu à
Justiça sua prisão preventiva. Aref é acusado de liberar obras de shoppings em
troca de propina - dez pagamentos são relatados na denúncia, somando R$
4.514.600,00.
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Nilton Fukuda/Estadão - 4/7/2012
Processo relata cinco pagamentos de propina
em Shopping Higienópolis
A acusação foi apresentada, em sigilo, em 8 de novembro, e a Justiça
ainda não se manifestou. O advogado de Aref, Augusto de Arruda Botelho, diz que
a denúncia dos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco) é infundada e o pedido de prisão, absurdo. Além de Aref,
foram denunciados por formação de quadrilha e corrupção ativa quatro diretores
da Brookfield Gestão de Empreendimentos (BGE) e dois sócios de empresas que
prestavam serviços à BGE.
Os promotores pediram também a decretação da prisão de Manoel Bayard,
presidente da Brookfield, de Pedro Augusto do Nascimento Junior, sócio da
empresa PAN, e de Antonio Carlos Chapela Nores, sócio da empresa Seron. Para o
criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, que defende Bayard e outros
diretores da BGE, não foi "demonstrada a necessidade de encarceramento
cautelar". O Estado não localizou os advogados de Nascimento
Junior e de Nores.
Os promotores justificaram o pedido de prisão afirmando que os
acusados "oferecem risco à continuidade do bom funcionamento do serviço público"
porque formam "organização criminosa de grande poderio econômico". A medida
também serviria para o "regular andamento da instrução processual" - isso porque
os acusados podem ameaçar testemunhas e destruir provas. Os promotores afirmaram
que "poucas vezes se viu" achaques de "tamanha monta". "Uma sociedade que se
pretende igual não pode deixar de também prender os roubadores travestidos de
empresários", diz a denúncia, conforme adiantou nesta madrugada o
estadao.com.br.
Os supostos pagamentos da BGE para Aref relatados aconteceram entre
2008 e 2010. São valores que vão de R$ 133 mil a R$ 1 milhão. Eles serviram para
liberar obras irregulares nos Shoppings Higienópolis (cinco pagamentos),
Paulista (quatro pagamentos) e Raposo Tavares (um pagamento). As empresas PAN e
Seron são acusadas de fornecer notas frias para justificar a saída do dinheiro
do caixa da BGE.
Por fim, Aref é acusado de achacar R$ 170 mil para a concessão de
alvará para o Oscar’s Hotel, empreendimento do empresário Oscar Maroni.
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