Rússia e Otan alertam para colapso do governo sírio
Moscou afirmou que está preparando a retirada de milhares de cidadão russos da Síria
BEIRUTE - O governo russo, principal aliado externo da Síria, advertiu nesta
quinta-feira, 13, que o presidente Bashar Assad está perdendo o controle sobre
seu país e levantou a possibilidade de os rebeldes saírem como vencedores da
guerra civil. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) disse que o
governo de Assad "está à beira do colapso".
A Otan advertiu Assad a abrir algum diálogo com os insurgentes sírios e
reconhecer "a realidade da situação atual". Essa é a primeira vez que a Rússia
admite que o governo sírio encontra-se debilitado em quase dois anos de uma
rebelião durante a qual já morreram mais de 40 mil pessoas.
O vice-chanceler da Rússia, Mikhail Bogdanov, disse que Moscou está preparando a retirada de milhares de cidadãos russos da Síria. "Uma vitória da oposição não pode ser descartada, infelizmente, mas é necessário observar os fatos: existe uma tendência de perda progressiva de controle do governo sobre uma porção cada vez maior do território", declarou Bogdanov durante uma audiência no Kremlin.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, declarou que a queda de Assad seria "apenas uma questão de tempo". "Eu peço ao regime sírio que pare a violência e perceba qual é a situação verdadeira no momento", disse Rasmussen.
Ontem, os Estados Unidos, a Europa e diversos outros aliados reconheceram a Coalizão Nacional Síria, grupo de oposição, como "representante legítimo" do povo sírio, o que pode abrir caminho para uma maior ajuda internacional às forças que combatem Assad.
Karim Bittar, diretor de pesquisas do Instituto para as Relações Estratégicas Internacionais, disse que o disparo de foguetes Scud, por parte do governo, foi um sinal de que o regime de Assad passou da fase ofensiva à defensiva. "A batalha por Damasco começará em breve e essa batalha poderá mudar as regras do jogo", opinou.
O Scud é um míssil que pode transportar uma bomba de 3.500 quilos, com um alcance de 200 quilômetros ou mais, dizem analistas de defesa. Na quarta-feira, o governo sírio disparou alguns Scud contra as províncias de Alepo e Idlib, no norte do país e parcialmente controladas pelos rebeldes.
Ataques
Nesta quinta-feira, dois ataques a bomba perto de Damasco mataram pelos menos 24 pessoas, a maioria civis, incluídos mulheres e crianças.
Grupos armados de oposição a Assad dominam atualmente grande parte do norte da Síria e parecem controlar cada vez mais áreas nas proximidades de Damasco.
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O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, declarou que a queda de Assad seria "apenas uma questão de tempo". "Eu peço ao regime sírio que pare a violência e perceba qual é a situação verdadeira no momento", disse Rasmussen.
Ontem, os Estados Unidos, a Europa e diversos outros aliados reconheceram a Coalizão Nacional Síria, grupo de oposição, como "representante legítimo" do povo sírio, o que pode abrir caminho para uma maior ajuda internacional às forças que combatem Assad.
Karim Bittar, diretor de pesquisas do Instituto para as Relações Estratégicas Internacionais, disse que o disparo de foguetes Scud, por parte do governo, foi um sinal de que o regime de Assad passou da fase ofensiva à defensiva. "A batalha por Damasco começará em breve e essa batalha poderá mudar as regras do jogo", opinou.
O Scud é um míssil que pode transportar uma bomba de 3.500 quilos, com um alcance de 200 quilômetros ou mais, dizem analistas de defesa. Na quarta-feira, o governo sírio disparou alguns Scud contra as províncias de Alepo e Idlib, no norte do país e parcialmente controladas pelos rebeldes.
Ataques
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