Pular para o conteúdo principal

Susan Rice descarta sua candidatura para suceder Hillary


Para a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, seu eventual processo de candidatura seria 'perturbador e custoso', devido à oposição no Congresso


A embaixadora americana nas Nações Unidas, Susan Rice
A embaixadora americana nas Nações Unidas, Susan Rice 

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, retirou seu nome das considerações da Casa Branca para a sucessão de Hillary Clinton como secretária de Estado americana. Em uma carta ao presidente Barack Obama, Susan afirmou que sua candidatura apresentaria um processo "perturbador e custoso". Desde setembro, quando um atentado ao consulado americano em Bengasi, na Líbia, deixou quatro funcionários mortos, a embaixadora tem sido alvo de críticas, especialmente dos republicanos, sobre a resposta do governo dos EUA ao ataque.

Leia também: Hillary Clinton descarta intenção de se candidatar em 2016

Em sua carta, Susan diz estar “muito honrada” por ter sido considerada para o cargo de secretária de Estado e afirma ter plena confiança de que poderia servir seu país de forma “hábil e eficiente” nesse papel. Mas sua decisão se explica pela perspectiva de uma forte oposição do Congresso à sua eventual confirmação para o cargo. "Agora estou convencida de que o processo de confirmação seria demorado, perturbador e custoso - para o senhor e para as nossas maiores prioridades nacionais e internacionais", escreveu a embaixadora ao presidente. "Essa troca simplesmente não vale a pena para nosso país. A posição de secretária de Estado nunca deveria ser politizada."

Qualquer nomeação para o cargo de secretário de Estado terá que ser confirmada no Senado por dois terços dos votos, o que permitiria aos republicanos dificultar uma eventual nomeação de Susan. Em um comunicado, Obama respondeu à decisão da embaixadora - que deverá permanecer representando o país na ONU. "Lamento profundamente os ataques desleais e enganosos sobre Susan Rice nas últimas semanas." O presidente acrescentou que a decisão de Susan reflete sua força de caráter e sua capacidade de superar questões políticas.

Justificativa - No fim de novembro, Susan admitiu que a descrição que fez do ataque em Bengasi foi incorreta. À época, ela afirmou que o ataque não era "organizado ou premeditado", e sim resultado de uma manifestação "espontânea" contra o filme A Inocência dos Muçulmanos, que satiriza o profeta Maomé. Em reunião com três senadores republicanos no Capitólio, que criticaram a postura da embaixadora em diversas oportunidades após o incidente, Susan explicou que sua declaração foi baseada em informações da inteligência americana e que não teve a intenção de enganar a população dos EUA.

Mesmo assim, ela não conseguiu acalmar os ânimos dos parlamentares. Eles saíram da reunião ainda expressando seu descontentamento em relação a Susan. Para os senadores republicanos, a embaixadora teve acesso a informações confidenciais sobre o ataque e tinha a obrigação de questionar as agências de inteligência antes de apresentar uma análise imprecisa. "Estamos bastante preocupados com muitas das respostas que recebemos e algumas que não conseguimos", disse o senador John McCain, do Arizona, a jornalistas.

Defesa - Dias depois de ser reeleito, o presidente americano defendeu Susan Rice das críticas de que não seria "confiável" para qualquer cargo de segurança no governo, depois do ataque ao consulado. Para Obama, a embaixadora sempre representou os EUA e seus interesses, sendo uma profissional “qualificada e forte”. O presidente explicou que Susan apenas fez uma apresentação do que foi avaliado pela inteligência americana, a pedido da própria Casa Branca. Em meados de outubro, Hillary Clinton já havia assumido a responsabilidade pelas falhas de segurança que permitiram o ataque. A atual secretária de Estado já afirmou que não pretende seguir no cargo no segundo mandato de Obama.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
uspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo 22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 09:15 O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira (de boné e camisa branca) é preso em sua casa Foto: Gabriel Paiva / Agência O Globo Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Play! Ouça este conteúdo 0:00 Audima Abrir menu de opções do player Audima. PUBLICIDADE RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (M
Nos 50 anos do seu programa, Silvio Santos perde a vergonha e as calças Publicidade DO RIO Para alguém conhecido, no início da carreira, como "o peru que fala", graças à vermelhidão causada pela timidez diante do auditório, Silvio Santos passou por uma notável transformação nos 50 anos à frente do programa que leva seu nome. Hoje, está totalmente sem vergonha. Mestre do 'stand-up', Silvio Santos ri de si mesmo atrás de ibope Só nos últimos meses, perdeu as calças no ar (e deixou a cena ser exibida), constrangeu convidados com comentários irônicos e maldosos e vem falando palavrões e piadas sexuais em seu programa. Está, como se diz na gíria, "soltinho" aos 81 anos. O baú do Silvio Ver em tamanho maior » Anterior Próxima Elias - 13.jun.65/Acervo UH/Folhapress Anterior Próxima Aniversário do "Programa Silvio Santos", no ginásio do Pacaembu, em São Paulo, em junho de 1965; na época, o programa ia ao ar p