Pular para o conteúdo principal

EUA estudam endurecer leis para porte de armas em 2013


Ataque contra escola no começo do mês em Newtown obrigou o país a elaborar programa para coibir uso de armas 


NOVA YORK - Em entrevista para a rede de TV NBC, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que pretende implementar medidas para o controle na venda e no porte de armas durante o primeiro ano de seu segundo mandato (2013). O líder americano também criticou propostas feitas pela Associação Nacional de Rifles (NRA, na sigla em inglês), como é conhecido o lobby pró-armas no país.

"Quero isso concluído no meu primeiro ano (do segundo mandato, que se inicia em janeiro). Apresentarei uma proposta específica com base nas recomendações da força tarefa liderada por Joe Biden (vice-presidente). Não será algo que eu deixarei de lado", disse Obama no programa "Meet the Press" da NBC.
Depois do ataque contra uma escola em Newtown (Connecticut), no início deste mês, quando 20 crianças e seis adultos foram massacrados por um jovem portando uma AR15 e outros armamentos, o presidente designou o seu vice-presidente para elaborar um projeto para tentar coibir o uso de armas nos Estados Unidos.
Desde a posse de Obama, em 2009, houve 15 episódios de assassinatos em massa nos Estados Unidos. Entre eles, estão o ataque que matou seis pessoas em feriu a ex-deputada Gabrielle Giffords no Arizona em janeiro de 2011, a ação durante a exibição de um filme em Aurora (Colorado), em setembro deste ano, e o massacre de Newtown.
Em resposta a uma proposta da NRA que recomenda a colocação de guardas armados nas escolas, Obama afirmou estar "cético". "Acredito que uma ampla maioria da população americana também está cética de que esta seja a melhor alternativa para resolver o problema", acrescentou.
De acordo com a Segunda Emenda da Constituição dos EUA, os americanos têm o direito de portar armas. Os Estados e mesmo o governo federal, porém, podem impor algumas restrições. Entre 1994 e 2004, por exemplo, eram proibidas armas de ataque, como um fuzil AR15, em todo o país.
Os opositores de maiores restrições, como a NRA, argumentam que restrições ao uso de armamentos não impedirão novos ataques e citam os ataques de Columbine, quando havia a proibição de armas de ataque, e os de Oslo, na Noruega, em 2011, como exemplos. Já os defensores argumentam que a atual legislação permite que pessoas como o assassino Adam Lanza (Newtown) e James Holmes (Aurora) consigam um fácil acesso a armamentos.
"Vou argumentar para o povo americano sobre como é importante (esta nova legislação) e os motivos para assegurarmos que algo como o ataque na escola Sandy Hook (Newtown) não aconteça novamente. Muitos perguntam se este será mais um dos episódios que recebem atenção por algumas semanas e depois é esquecido. Eu certamente não sinto que seja assim", disse Obama. Segundo o presidente, este foi "o pior dia" de sua presidência.
A questão do direito de portar armas será uma batalha difícil para Obama. O NRA possui aliados tanto entre os republicanos, que controlam a Câmara, como também no Partido Democrata, do presidente, com maioria no Senado.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com par
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estimular