ONU condena lançamento de foguete e avalia 'resposta'
Pyongyang diz que objetivo era colocar foguete em órbita, mas a comunidade internacional se preocupa com o possível desenvolvimento de armas nucleares
Imagem do foguete Unha-3
em 12 de dezembro na Coreia do Norte
Após reunião a portas fechadas para tratar do lançamento
de um foguete norte-coreano nesta quarta-feira, o Conselho
de Segurança da ONU condenou a ação e informou que continua
avaliando "respostas apropriadas" para a violação de sanções decretadas
anteriormente. Em abril deste ano, o Conselho já havia alertado Pyongyang para
uma reação caso o governo comunista tentasse lançar foguetes novamente.
A Coreia
do Norte afirma que o lançamento realizado nesta quarta tinha como
objetivo colocar um satélite em órbita, mas a comunidade internacional se
preocupa com o possível desenvolvimento de armas nucleares pelo país.
Para os Estados Unidos, Pyongyang vão enfrentar “consequências” pelo lançamento, classificado como um ato “altamente provocativo que ameaça a segurança regional”. Os EUA e seus aliados veem o lançamento do foguete como um teste com míssil balístico disfarçado.
O embaixador marroquino Mohammed Loulichk, que preside temporariamente o Conselho, descreveu a ação norte-coreana como “uma clara violação das resoluções do Conselho de Segurança”.
Mais cedo, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou fortemente o que classificou de "ato provocativo". Ele pediu às autoridades da Coreia do Norte que, em vez de lançar foguetes, "construam a confiança com seus vizinhos, e deem passos para melhorar a vida do seu povo". Vários diplomatas do Conselho se disseram favoráveis à adoção de alguma medida, provavelmente ampliando sanções já existentes.
O embaixador britânico, Mark Lyall Grant, disse que o Conselho "deve reagir reagir rapidamente e fortemente" ao novo lançamento. Um diplomata ocidental graduado disse, sob anonimato, que EUA, Europa, Japão e Coreia do Sul estão a favor da ampliação de sanções. A decisão levaria à inclusão de mais entidades norte-coreanas em uma lista de restrições que inclui proibição de viagens, congelamento de bens de autoridades e endurecimento do regime de inspeção de cargas.
Todavia, qualquer medida dependerá em grande parte da China, que tradicionalmente protege a vizinha Coreia do Norte no Conselho, e da Rússia, aliada diplomática de Pequim no Conselho. Os dois países têm poder de veto e tendem a agir de forma coordenada. "O que os chineses estão preparados para aceitar em forma e substância não está claro ainda", disse um diplomata. Espera-se que uma resolução seja definida até o final da semana que vem.
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