Pular para o conteúdo principal

Sem apoio, plano republicano sobre abismo fiscal naufraga


John Boehner anunciou que votação foi adiada por falta de respaldo do partido


O republicano John Boehner, presidente da Câmara dos Estados Unidos
O republicano John Boehner, presidente da Câmara dos Estados Unidos 

A Câmara dos Estados Unidos adiou nesta quinta-feira a votação do plano republicano para evitar o abismo fiscal no país. Em um breve comunicado, o presidente da Casa, o republicano John Boehner, indicou que o projeto não teve o respaldo necessário entre os membros do próprio partido para ser aprovado.

Chamada de ‘plano B’, a estratégia republicana incluía cortes de impostos para rendas de até 1 milhão de dólares anuais e era rejeitada pelos congressistas democratas e pelo presidente Barack Obama.

Impasse - Há, agora, um mistério em torno do próximo passo nas negociações sobre o chamado abismo fiscal – um drástico aumento de impostos e corte de gastos com o objetivo de reduzir o déficit público. Caso o acordo não seja alcançado até o final do ano, as medidas entram automaticamente em vigor no início de janeiro e podem arrastar os EUA à recessão.

Embora fosse quase certo que o plano republicano não passaria no Senado, devido à maioria democrata, Boehner esperava que sua aprovação na Câmara - onde a maioria é republicana - funcionasse como uma forma de jogar mais pressão para cima de Obama, obrigando o presidente a ceder às exigências do partido nas negociações. Entretanto, diante da falta de apoio dos próprios republicanos, a estratégia falhou.

Nos últimos dias, com a aproximação do prazo final de 31 de dezembro, Boehner e Obama acenaram um entendimento e houve concessões de ambos os lados. A Casa Branca, por exemplo, que defendia inicialmente o aumento de impostos para as famílias com renda anual acima de 250 mil dólares, já subiu esse piso para 400 mil dólares – um número ainda distante do US$ 1 milhão pregado pelos republicanos.

O progresso nas negociações, no entanto, parece ter estagnado na última quarta, quando Obama acusou os republicanos de atrasarem as conversas motivados por um rancor pessoal contra ele. Como resposta, Boehner afirmou que a oposição do presidente ao plano republicano era “irracional”.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Agência Brasil Augusto Aras reitera que seu compromisso é com a atuação na chefia do Ministério Público Federal Aras afirma desconforto com especulação sobre vaga no STF BRASIL O procurador-geral da República, Augusto Aras, em nota, manifesta seu desconforto com a veiculação reiterada de seu nome para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Conquanto seja uma honra ser membro dessa excelsa Corte, o PGR sente-se realizado em ter atingido o ápice de sua instituição, que também exerce importante posição na estrutura do Estado. Segundo Aras, ao aceitar a nomeação para a chefia da Procuradoria-Geral da República, não teve outro propósito senão o de melhor servir à Pátria, inovar e ampliar a proteção do Ministério Público Federal e oferecer combate intransigente ao crime organizado e a atos de improbidade que causam desumana e injusta miséria ao nosso povo. O PGR considerar-se-á realizado se chegar ao final do seu mandato tão somente cônscio de haver cumprido o se...